Sem citar nomes, a presidente do STF disse que é "inadmissível" um juiz seja diminuído fora dos autos
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, saiu nesta terça-feira em defesa do juiz Vallisney de Souza Oliveira, que autorizou a prisão de quatro policiais legislativos na Operação Métis.
A ação foi duramente criticada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que chamou o magistrado de “juizeco” e o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, de “chefete de polícia”. Renan ainda classificou como “fascistas” os métodos da ação deflagrada na última sexta-feira.
Sem citar nomes, Cármen Lúcia exigiu respeito à categoria e disse ter se sentido agredida com as ofensas a Vallisney. “Não é admissível que, fora dos autos, qualquer juiz seja diminuído ou desmoralizado. Como eu disse, quando um juiz é destratado eu também sou. Exigimos o igual respeito para que tenhamos uma democracia fundada nos princípios constitucionais”, disse a ministra, em sessão no Conselho Nacional da Justiça, nesta terça-feira.
Como presidente do Senado, Renan Calheiros é responsável pela Polícia da Casa. Foi ele quem nomeou o chefe da corporação, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, que foi preso e afastado do cargo na sexta-feira.
Nos autos, o juiz Oliveira disse que ele era o “líder da associação criminosa” e que os “fatos eram gravíssimos”. Os policiais legislativos são investigados por prestarem serviços de contrainteligência a senadores e ex-senadores com o intuito de obstruir operações da Polícia Federal, entre elas a Lava Jato.
A presidente do STF ainda afirmou que a legislação brasileira é “pródiga” em garantir aos cidadãos que questionem as decisões do judiciário.”Numa democracia, o juiz é essencial como são essenciais os membros de todos os outros poderes. Toda vez que um juiz é agredido, eu e cada um de nós é agredido. E não há a menor necessidade de numa convivência democrática, livre e harmônica, haver qualquer tipo de questionamento que não seja nos estreitos limites da constitucionalidade e da legalidade. O poder judiciário forte é uma garantia forte para o cidadão”, disse Cármen Lúcia.
É...
ResponderExcluirMorais:
Taí a peça que faltava no Taboleiro da Justiça Brasileira, "Sua Excia a Doutora Cármen Lucia". Suas palavras são fortes, seguras e bem delineadas e ela fala com o coração quando diz: "O Poder Judiciário forte é uma garantia forte para o cidadão". Percebemos em suas palavras que ninguém ficará acima da lei, nem políticos/criminosos poderosos nem mesmo desembargadores e juízes corruptos, vendedores de sentenças e outros meios afins.
O Sr. renam foi infeliz, com a corda no pescoço e ainda querendo cantar de galo.
Vamos aguardar o andar da carruagem.
Vicente Almeida
Renan é um criminoso contumaz e confiante. Existem 11 processos no STF os juízes sentados em cima. Um deles há mais de 12 anos. Já não era sem tempo de aparecer alguém para lhe frear. O problema maior do STF é que ampara os criminosos e não julga-os, e, só aparece para desfazer as sentenças das instancias inferiores. Desejo, espero e confio que com a ministra Carmen Lucia a coisa tome outro rumo.
ResponderExcluirOs chefes dos poderes Executivo e Legislativo ainda estão a espera da resposta da presidente do Supremo, Carmén Lúcia, sobre a proposta de Renan Calheiros de uma reunião entre eles amanhã para tentar desanuviar a crise provocada pelo destempero do próprio presidente do Senado, ao condenar a ação da Polícia Federal sobre a Polícia Legislativa.
ResponderExcluirPara que eles não esperem muito, este blog antecipa: Carmén Lúcia vai declinar do convite porque sua agenda está muito cheia amanhã: começa com café da manhã., depois reunião-almoço na Nunciatura e, às 14 horas preside julgamentos importantes, como o da desaposentação.
Ela vai se encontrar com o Renan sim, mas na reunião geral de sexta, com Alexandre de Moraes e o comando da PF, sobre a questão de segurança pública, que terá também Temer, Rodrigo Maia, Jungmann, Serra e OAB.