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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 22 de outubro de 2016

Uma dura reflexão – por Armando Lopes Rafael



A “Presidência da República”, de qualquer nação que adota esta forma de governo é o símbolo máximo do poder executivo e do líder político que a conduz. É o caso do Brasil, certo? Errado. Com tudo o que a nação brasileira vem assistindo ultimamente, com os fatos partidos dos Palácios da Alvorada e do Planalto, largamente divulgados pelas mídias, não nos resta alternativa que não seja uma campanha para moralizar e resgatar o prestígio da “presidência da república”. Esta deveria  ser respeitada sim, mas não o foi. Tudo pela maneira como foi conduzida por duas pessoas despreparadas e incapazes.

Apesar do impeachment da “presidenta”, aquela que conduziu nossa querida e infeliz Pátria – o outrora chamado “País do Futuro” – atingiu o nivelamento mais baixo, aquele nivelamento que os tolos teimam denominar de “governar de forma republicana”. Aliás, o “passado republicano” do Brasil, mormente nos últimos 13 anos, persegue-nos dia e noite.  E nos persegue qual um pesadelo tenebroso, daqueles em que acordamos apavorados e perdemos o sono pelo resto da noite.

Na verdade, tanto Lula da Silva como Dona Dilma levaram a imagem da Presidência da República ao “fundo da cisterna”. Propositalmente, não escrevo “fundo do poço”, pois o fundo de um poço sempre guarda um pouco de água. Já o fundo de uma cisterna seca é feito de cimento batido. Não acumula água nenhuma. Ambos, Lula & Dilma, não atingem hoje o mínimo respeito por parte dos atônitos brasileiros. Pior, deixaram como herança uma postura incorreta no exercício do cargo. Melhor dizer, deixaram uma falta de compostura. Legaram um triste exemplo de como os responsáveis maiores pela nação não estavam à altura do cargo da Presidência, posição a que foram elevados pela massa ignara dos grotões da miséria e do atraso do Brasil. Ambos, Lula & Dilma, não tinham capacidade para exercer a função de Presidente.

Deixaram uma lacuna no quesito moral, ético e, é claro, na competência, na condução do país. Em todos os aspectos. A cada dia chego à conclusão de que esta República não tem sentido de ser mantida. “Ah! Que saudades dos tempos imperiais”, dizia anos atrás a letra do samba-enredo de uma Escola de Samba do Rio de Janeiro...


Um comentário:

  1. É verdade. O povo brasileiro, pelos mais variados motivos, não justos, buscou no fundo da cisterna o que de pior existia e colocou em suas mãos o destino da pátria. O pais está longe de conhecer o tamanho do problema que tem a resolver, e, o pior, é que essa gente ainda atrapalha até onde pode na condução de possíveis soluções.

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