Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 26 de novembro de 2016

26 de novembro de 2016 -- Prestando contas à Justiça Divina: Fidel Castro morreu aos 90 anos


O ex-ditador Fidel Castro morreu aos 90 anos de idade, informou neste sábado (26) seu irmão, o atual ditador de Cuba, em um discurso transmitido pela televisão estatal.


Fidel Castro sempre teve seus admiradores, Lula e Dilma Rousseff estavam entre eles
“Já vai tarde”
Com este título a revista VEJA publicou, em 2007, uma matéria sobre a ditadura comunista implantada por Fidel Castro em Cuba, em 1959, ditadura que já caminha para os 58 anos de tirania. Confira alguns tópicos daquela matéria abaixo, atualizada no modo  verbal:

Em 1953, levado a julgamento pelo crime de ter enviado seus primeiros seguidores para um ataque suicida a um quartel, o jovem advogado Fidel Castro Ruz assumiu a própria defesa e o fez de forma magnífica. Antecipando a retórica magnética, grandiosa, arrogante mas farsesca que o caracterizaria pelo resto da vida política, disse aos juízes: "A história me absolverá". Passou-se mais de meio século e, aos 90 anos, conceda-se, Fidel está diante do tribunal da história. Visto o sofrimento que infligiu ao povo durante 49 anos como senhor absoluto de Cuba (de lá parta cá, o novo ditador passou a ser seu irmão Raul Castro), a absolvição está fora de cogitação. Cabe recurso? Não dá mais tempo (...)


 Diante dessa impossibilidade, a dinastia dos Castro (que domina Cuba há quase 60 anos) finge que está por cima. Foi isso o que essa dinastia fez desde 1959. Vai anunciar o corte da cota de leite para a população adulta de Havana? Diga à multidão que não faltará leite para as crianças. Vai ter de recuar, desmontar os mísseis atômicos soviéticos e devolvê-los a Moscou? Diga que Cuba é soberana e pode ter as armas que quiser: "Os mísseis se vão. Mas ficam todas as demais armas" – como se isso fosse algum consolo. Mas as massas vão acreditar. Foi pego exportando terroristas para insuflar a subversão em outros países? Diga que, se quisesse mesmo fazer terrorismo, Cuba produziria "excelentes terroristas, e não esses incompetentes que foram presos". Está difícil explicar a miséria franciscana da economia cubana? Diga que quem está mal são os Estados Unidos ("os ianques estão falidos"), o Japão ("tenho pena dos japoneses") e a Europa ("o velho continente está esgotado"). Está prestes a morrer, não consegue caminhar nem discursar? Diga que vai apenas mudar de posto, mas que o combate continua.


Todo político tem de ser bom mentiroso. Para ser Fidel é preciso, no entanto, ser um grande farsante. Ele é um dos maiores que a história conheceu. É presidente de uma nação paupérrima, mas viveu como um cônsul romano comendo  lagostas quase todos os dias? Negava este fato: "Temos as lagostas mais doces do Caribe, mas não as comemos. Trocamos por leite para as crianças". Viveu cercado de um aparato de segurança que parece um bunker ambulante? Inventava que era um homem simples que às vezes andava só pelas ruas, como um filósofo peripatético absorto em uma paisagem idílica: "Outro dia, no México, ia só pela rua, só como uma pomba...".


Desde os primeiros momentos da revolução que o levou ao poder, em janeiro de 1959, Fidel mostrou a utilidade política de um grande fingidor. Quando começaram os julgamentos sumários com o objetivo de criar um clima de terror e matar os inimigos, e até alguns amigos políticos, Fidel não aparecia como carrasco (esse era o papel do argentino Che Guevara) nem como juiz. Fingia não se envolver. Em uma aparição famosa, ele vai ao tribunal do júri e faz um discurso mercurial: "Que esta revolução escape da maldição de Saturno. E que é a maldição de Saturno? É o dito clássico, o refrão clássico de que, como Saturno, as revoluções devoram seus próprios filhos. Senhoras e senhores deste tribunal, que esta revolução não devore seus próprios filhos". Lindo?

Sim, mas era uma farsa. Naquele mesmo dia, dois jovens combatentes comunistas urbanos que não lutaram na guerrilha rural de Castro foram condenados à morte. A revolução devorava alguns de seus próprios filhos. Mas o que ficou? O discurso inflamado com referências eruditas. Funciona sempre? Não. Funciona em Cuba, que tem Fidel e algumas outras características que ajudam esse tipo de farsa a passar por verdade. Ajuda muito banir a imprensa, dominar a televisão e o rádio, proibir a entrada de jornais estrangeiros no país e impedir os cidadãos de viajar para o estrangeiro. Ajuda enjaular por tempo indeterminado, e sem juízo formado, toda a oposição. Ajuda muito abolir as liberdades individuais e ser o ditador de uma ilha, um país-cárcere. Eis a grande obra de Fidel Castro em meio século de governo. A história o absolverá? Difícil.

              PS - As agências de notícias noticiam a festa que os exilados cubanos estão fazendo em Miami, nos EUA. Outro tópico interessante da matéria de Veja, acima citada:
"Quem pôde fugiu. Há 2 milhões de exilados – um em cada seis cubanos vive no exterior, uma proporção de exilados maior que a existente no Afeganistão, país devastado por trinta anos de guerra civil. O governo de Fidel Castro e do seu sucessor, o irmão Raul,  é agente do maior fracasso material da história das ditaduras latino-americanas. O comunismo foi formalmente estabelecido em abril de 1961. A economia planificada foi um desastre imediato. O racionamento de alimentos, que ainda persiste, começou no ano seguinte. O salário médio de um trabalhador cubano equivale a 10 dólares. A produtividade dos canaviais de Cuba, que já foi o maior produtor mundial, hoje é de 27.800 quilos por hectare, um índice baixíssimo. No Brasil, é de 73 900 quilos.

4 comentários:

  1. Prezado Amigo Armando Rafael - Alguns governantes brasileiros, especialmente os mais ordinários e sem compromissos com a nação, do Tipo Lula e Dilma, sempre tiveram predileção por ditadores como Fidel Castro. Hoje, todos eles estão vendo que o cubano morreu como merecia : Esquecido e podre igual um rato de esgoto. O Mundo não perdeu nada.

    ResponderExcluir
  2. Pois é, Morais, se pelos frutos se conhece a árvore, os governos lulopetistas (que queriam transformar o Brasil numa nova Cuba) devem um desculpa formal aos brasileiros, não só pela incopetência e corrupção que os caracterizaram, mas pelo projeto de tornar nossa pátria uma terra de miséria como as demais nações comunistas.

    ResponderExcluir
  3. Amigo Armando - Lula, Dilma seguindo o exemplo do Fidel Castro fizeram mais mal ao povo do que o bem. E, assim é que serão lembrados na posteridade. Basta ver as paginas sociais nenhuma mensagem de respeito ao finado Fidel, só ofensas e deboches. Quem sabe em Cuba esteja a oportunidade de Lula se eleger presidente? Ele como governante do Brasil fez mais por Cuba que pelo Brasil.

    ResponderExcluir
  4. Como bem disse o ex-senador Mão Santa, do PiauÍ: DEZ terremotos que tivessem abalado o Brsil teriam feito menos mal do que os governos Lula/dilma...

    ResponderExcluir