"Convém
insistir em que o divórcio entre o País legal e o País real será
inevitável. Criar-se-á então uma daquelas situações históricas
dramáticas, nas quais a massa da Nação sai de dentro do Estado, e o
Estado vive (se é que para ele isto é viver) vazio de conteúdo
autenticamente nacional."
Nesta 3ª feira, 29 de novembro,
a primeira turma do STF, capitaneada pelo Ministro-ativista, Luís
Roberto Barroso, de costas voltadas para o País, atropelando as
prerrogativas do Legislativo, espezinhando a Constituição, o Código
Penal, o Direito Natural e a Moral, em decisão aberrante abriu as portas
para a matança de inocentes até aos três meses.
Nesta 3ª feira, 29 de novembro,
ainda sob o trauma do acidente aéreo com a equipe de futebol da
Chapecoense, boa parte da Câmara dos Deputados, após as falsas promessas
feitas na coletiva de Domingo pelo presidente Michel Temer, por Renan
Calheiros e por Rodrigo Maia, aprovou na calada da noite as tramóias, já
apelidadas de AI-5 da corrupção, que visam proteger os destroços da
máquina lulo-petista, seu comandante e a banda podre do mundo político
que se prostitui nesse esquema de poder.
Nesta 3ª feira, 29 de novembro, as
tropas de choque do lulo-petismo (UNE, MST, etc.), travestidos de
“estudantes”, em ações premeditadas e sob o anonimato das máscaras,
espalharam o terror em Brasília, invadindo e depredando prédios
públicos, jogando coquetéis Molotov na polícia, virando e queimando
automóveis, com o apoio explícito de deputados e senadores da esquerda.
Ao analisar este cenário caótico, lembrei-me de uma previsão e de uma
advertência, feita há três décadas.
Como
uma antevisão invejável, Plinio Corrêa de Oliveira, em seu livro
“Projeto de Constituição angustia o País”, apontava os descaminhos de
esquerdização para os quais nos conduzia o Brasil de superfície, o
Brasil legal, o Brasil de boa parte do mundo político, do mundo
acadêmico, do mundo jornalístico, do mundo eclesiástico; e o profundo
desacerto que se gestava deste Brasil de superfície com o Brasil
profundo, o Brasil real, majoritário, em ascensão, fiel a si próprio e
em legítima continuidade com seu passado.
Os eventos desta 3ª feira, 29 de novembro, com tudo o que anunciam, evocam esta análise que passo a transcrever:
“Convém
insistir em que o divórcio entre o País legal e o País real será
inevitável. Criar-se-á então uma daquelas situações históricas
dramáticas, nas quais a massa da Nação sai de dentro do Estado, e o
Estado vive (se é que para ele isto é viver) vazio de conteúdo
autenticamente nacional.
Em
outros termos, quando as leis fundamentais que modelam as estruturas e
regem a vida de um Estado e de uma sociedade, deixam de ter uma
sincronia profunda e vital com os ideais, os anelos e os modos de ser da
nação, tudo caminha nesta para o imprevisto. Até para a violência, em
circunstâncias inopinadas e catastróficas, sempre possíveis em situações
de desacordo, de paixão e de confusão.
Para
onde caminha assim a nação? Para o imprevisível. Por vezes, para
soluções sábias e orgânicas que seus dirigentes não souberam encontrar.
Por vezes, para a improvisação, a aventura, quiçá o caos. (…)
É
de encontro a todas essas incertezas e riscos que estará exposto a
naufragar o Estado brasileiro, desde que a Nação se constitua
mansamente, jeitosamente, irremediavelmente à margem de um edifício
legal no qual o povo não reconheça qualquer identidade consigo mesmo.
Que
será então do Estado? Como um barco fendido, ele se deixará penetrar
pelas águas e se fragmentará em destroços. O que possa acontecer com
estes é imprevisível”.
Prezado amigo Armando - Os exemplos mostram que há uma previsibilidade ruim para a classe politica. Muitos já foram para o ralo da imundice, e quem insistir nas mesmas praticas e modelos anteriores não escaparão do mesmo destino. De um em um vão se liquidando as custas de muito sofrimento do povo.
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