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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 16 de fevereiro de 2020

045 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


História de José Sobrinho.

Considerado o vigário de todos os tempos, Padre Otávio foi um grande bem feitor de nossa terra. Uma de suas principais virtudes foi nunca se envolver com a politica, não permitindo que a Igreja fosse usada indevidamente, em proveito de tendências, partidos ou lideranças. Nunca se colocou a serviço desses ou daqueles, em tempo algum.

José Freire da Silva Sobrinho, o conhecido José Sobrinho, morava na rua São Vicente, em Várzea-Alegre. Casado, pai de uma grande família, católico praticante e muito solidário. Não perdia um enterro. Comparecia a todos. Fazia parte da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus, e da Conferencia de São Vicente, vivia praticamente para as atividades ligadas a igreja.

Um dia, José Sobrinho ficou perturbado, encasquetado e resolveu consultar o padre quanto a algumas insinuações ou afirmativas feitas pelas pessoas que o abordavam na rua.

Padre, disse José Sobrinho: como o Senhor sabe eu acompanho tudo que é de enterro. No inicio eu ficava atrás do caixão, começaram a dizer que eu estava andando atrás da morte. Passei a andar do lado do caixão, disseram que eu estava andando do lado da morte. Comecei a andar na frente do caixão, disseram que eu estava andando na frente da morte.

Eu queria saber o que isso tem de real, de verdadeiro.  O Padre Otávio deu uma cubada,  olhou de cima pra baixo e disse: José Sobrinho, amigo velho,  não fique encafifado, dê um jeitinho de nunca ficar dentro do caixão, que não lhe acontecerá nada de anormal.




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