Miriam Leitão desanca os golpistas da irresponsabilidade que estão matando a reforma da Previdência:
"O senador Renan Calheiros pode tentar escapar pela demagogia fingindo ser um rebelde na base aliada, mesmo sendo o líder do PMDB. Ele já está há muito tempo a caminho da insignificância. Enquanto se anula, ele ainda faz estragos, porque dá aos deputados a desculpa perfeita para recusaram a reforma: de que eles não vão votar medida impopular porque não há garantia de que o Senado vai aprovar. O PMDB pode errar mais uma vez nesta rara oportunidade que tem de governar o país. Chegou à presidência de carona com o PT, mas prometendo fazer uma ponte para o futuro. Se o partido derrubar a reforma estará derrotando a si mesmo e estará provando que é bom para ocupar o governo, como uma tropa invasora, mas não é bom para assumir as responsabilidades de governar."
E ainda:
"É fácil ficar contra a reforma da Previdência porque ela traz a amarga verdade de que temos que fazer um novo pacto se quisermos sustentabilidade fiscal. É fácil ficar contra, porque o estouro não será amanhã. O país vai piorar aos poucos, vai perder chances, vai desviar para os mais velhos o que deveria ficar com as crianças, vai tomar decisões irracionais, vai empobrecer. Amanhã, quando o sistema ruir, ninguém se lembrará dos nomes dos deputados e senadores que negaram ao país a possibilidade de reorganizar suas contas diante de uma nova realidade social, fiscal e demográfica."
Renan se esperneia, sinais do fim.
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