Anúncio do acordo foi feito pelo vice-procurador-eleitoral Nicolao Dino durante julgamento da chapa da petista e do presidente Michel Temer (PMDB) no TSE
O publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura, assinaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo vice-procurador-eleitoral, Nicolao Dino, durante o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O casal foi responsável pelo marketing da campanha de Dilma Rousseff (PT) nas eleições de 2010 e 2014. Apesar de estar em sigilo, a informação foi anunciada para justificar a inclusão de depoimentos do casal de publicitários no processo em que o PSDB pede a cassação da chapa formada pela petista e pelo presidente Michel Temer (PMDB), decidida no julgamento de hoje.
“Se afigura não menos importante que se inquiram também o senhor João Santana, a senhora Mônica Moura e o senhor André Santana [auxiliar do casal]. Digo isso, diante da recentíssima notícia de que as pessoas agora nominadas celebraram acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República, acordo este que se encontra submetido ao Supremo Tribunal Federal (STF)”, disse Dino no julgamento.
Santana e Mônica Moura foram presos na 23ª fase da Operação Lava Jato, em fevereiro do ano passado, por determinação do juiz federal Sergio Moro, mas foram soltos após pagarem fiança de R$ 31,4 milhões e ficarem proibidos de atuar em campanhas eleitorais até uma nova decisão sobre o caso.
A essa altura o instituto da delação é apenas um meio dos bandidos se livrarem dos seus crimes. Provas contra os envolvidos desde o chefe aos subordinados já são robustas e fartas. Falta juiz para aplicar a lei.
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