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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 31 de maio de 2017

O primeiro nordestino a ser eleito Presidente do Brasil -- por Armando Lopes Rafael

Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa nasceu em Umbuzeiro, estado da Paraíba, em 23 de maio de 1865 e faleceu em Petrópolis em 13 de fevereiro de 1942. Foi político e jurista e Presidente da República entre 1919 e 1922. Foi ainda deputado federal em duas oportunidades, ministro da Justiça, do Supremo Tribunal Federal, procurador-geral da República, senador três vezes, chefe da delegação brasileira junto à Conferência de Versalhes e juiz da então Corte Internacional da Haia.
Seus pais morreram de varíola quando tinha ele sete anos de idade. Foi educado pelo tio, Henrique de Lucena, então governador de Pernambuco.

Epitácio Pessoa teve uma infância muito pobre e com muito esforço conseguiu se formar advogado. Sua eleição ocorreu quando ele estava na França, caso único na história da república brasileira. Foi indicado candidato a presidente quando representava o Brasil na Conferência de Versalhes. Nas eleições de 13 de abril de 1919, Epitácio teve 286.373 votos contra 116.414 votos dados ao já septuagenário Rui Barbosa, vencendo as eleições sem nem ter saído da França. Retornou ao Brasil em 21 de junho de 1919.
Fatos marcantes da presidência de Epitácio Pessoa

Seus principais atos como presidente foram:
1. Aboliu, em 1920, a lei que bania a Família Imperial do Brasil, o que permitiu o retorno dos descendentes de Dom Pedro II ao Brasil. À época que morou na França, Epitácio Pessoa tornou-se amigo e admirador da Princesa Isabel e do Conde d’Eu. Outro conterrâneo seu – o jornalista Assis Chateaubriand – muito contribuiu para que o governo republicano acabasse com o mais longo e injusto exílio de brasileiros, no caso os membros da Família Imperial, que passaram 31 anos proibidos de retornar a terra natal
2. Construção de mais de 200 açudes no Nordeste (considerada a maior obra de seu governo)
3. Criação da Universidade do Rio de Janeiro - erradamente considerada pelos historiadores oficiais da época como a primeira do Brasil, embora a Universidade do Paraná tenha sido criada quase uma década antes, em 1912
4. Comemoração do primeiro Centenário da Independência
5. Inauguração da primeira estação de rádio do Brasil
6. Substituição da libra pelo dólar, que passou a ser nosso padrão monetário
7. Construção de mais de 1000 km de ferrovias no sul do Brasil
8. Realização de obras contra as secas no Nordeste.

Epitácio Pessoa foi um grande brasileiro. Espírito superior, magnânimo, visionário ao seu tempo é considerado, ao lado de Juscelino Kubitschek, como dos grandes estadistas eleitos pelo voto popular, mercê sua cultura, postura ponderada e com a cordialidade que governou para todos os brasileiros sem distinção de partido ou ideologia.
Na foto acima, o monumento erguido a Epitácio Pessoa, na cidade de Presidente Epitácio, em São Paulo
Fonte: Wikipédia

3 comentários:

  1. Em Juazeiro do Norte existe no bairro Franciscanos uma extensa rua denominada Rua Presidente Epitácio Pessoa. Homenagem merecida!

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  2. Cara Armando - Muito interessante a sua postagem. Estamos perdendo : Ordem, moral e disciplina - Castelo Branco e Epitácio Pessoa.

    Desordem, desonestidade, pilantragem e ladroagem - Sarney, Collor de Melo e o Pajé lula da Silva.

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  3. Sem esquecer a que passou para a História do Brasil como a mais incopetente dos presidentes: Dilma Vana Rousseff. Ou como diria o "analfa": Presidenta inconpetenta"...

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