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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 24 de junho de 2017

A República envergonhada

Em viagem oficial à Europa, o Presidente da República, Michel Temer, tem passado por situações no mínimo constrangedoras.

Na Rússia, o Presidente Vladimir Putin o presenteou com quatro cartas escritas, ninguém mais, ninguém menos, do que pelo Imperador Dom Pedro II ao então Czar da Rússia. É interessante lembrar que, anteriormente, o então Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, havia presenteado a ex-Presidente Dilma Rousseff com a primeira página de um jornal toda dedicada à visita do nosso segundo Imperador aos Estados Unidos, em 1876.

Estariam esses mandatários estrangeiros adotando uma postura de ironia ao presentear dois Presidentes, afundados em acusações de corrupção e índices de aprovação popular próximos de zero, com relíquias ligadas ao Imperador que entrou para a História como o maior estadista brasileiro, profundamente amado até hoje por seu povo?

Mas os constrangimentos de Temer não pararam por aí. Na Noruega, a Primeira-Ministra Erna Solberg disse, em coletiva de imprensa, tendo o mandatário a seu lado, esperar que a Operação Lava Jato faça uma “limpeza” no quadro político. A Noruega, uma Monarquia Constitucional, está entre as 10 nações mais democráticas e menos corruptas do mundo, de acordo com índices internacionais. Já Temer – assim como todos os nossos ex-presidentes vivos – enfrenta uma série de acusações de corrupção, bem como boa parte dos membros do Congresso Nacional.

Tudo isso nos faz lembrar um caso amplamente noticiado em 1993, quando o então Presidente Itamar Franco, assustado com a expansão do voto monárquico no Plebiscito daquele ano, mandou retirar de seu gabinete no Palácio do Planalto um quadro retratando o Imperador Dom Pedro I, e o “trocou com toda pressa” por um busto do Patriarca da Independência, José Bonifácio de Andrada e Silva, a fim de “exorcizar” aquele crescimento.

Tendo em vista a eclosão do apelo popular pela Restauração Monárquica, será que o quadro do Imperador retornou às paredes palacianas?

(Publicado originalmente no facebook do Pró Monarquia)
Imperador Dom Pedro II

2 comentários:

  1. A troca do nome do país e as lambanças com o parlamento ficarão para sempre na história. O homem estava lexotaneado. Uma vergonha.

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  2. Bom ressaltar que o Presidente Michel Temer é advogado, professor universitário e reconhecido constitucionalista...
    E imaginar que antes dele tivemos um "presidente-operário" que possui apenas o curso de Torneiro Mecânico, que foi sucedido por uma mulher que discursando não sabe ligar coisa com coisa...

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