Ludmila ficou viúva aos 22 anos, levantou postura e nunca mais quis saber de casamento. Gervásio, o marido foi a óbito depois de comer uma buchada de bode com pinga. Dizem as má línguas que foi congestão.
Generina, a única filha do casal foi criada com todos os mimos, afetos e carinhos das mais nobres famílias da Rajalegue.
Depois de adulta teve uma paixão desenfreada por um soldado do destacamento local e terminou se casando com ele.
Logo começaram os desentendimentos. Cidade pequena, o único lugar que tinha algum movimento era no cabaré, pois era lá que era dado o expediente.
Todo dia o delegado reunia a tropa e depois da corra no frege retornavam aos lares. Na volta do agente da segurança, Ludmila e Generina estavam afiadas e a ladainha era uma só.
Uma dizia : eu não sei como se tem uma única filha, criada com todos os cuidados e ela se casa com o vagabundo cujo local de trabalho é a fuzarca, a outra repetia a mesma lenga lenga.
Um dia, Severo, o policial genro resolveu botar moral e disse a todo pulmão : o governo criou uma lei que todo genro que mora na casa da sogra tem o direito de dormir uma noite com a esposa e outra com a sogra.
Generina deu o maior pinote : Essa não, nem pensar. No que Ludmila gritou do outra quarto : Generina, Generina, lei é lei, ninguém pode ir contra a lei.
Nessa unica hora mãe e filha divergiram.
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