É
natural muitas crianças crescerem ouvindo de seus pais histórias
infantis, algumas das quais as marcam profundamente, outras nem tanto.
Confesso ao leitor que o conto de “Alice no país das maravilhas”, que
ouvi quando era pequeno, se encaixa no segundo grupo, ao menos no meu
caso. Seja como for, foi-me impossível não me lembrar dele ao acompanhar
algumas notícias sobre toda a reação da opinião pública brasileira
contra a blasfêmia e os comentários feitos a respeito por muitos
articulistas. O leitor o conhece?
Hoje, o Brasil lulopetista é apresentado como O “país das maravilhas” da esquerda troglodita. A partir de meados dos anos 1980 os partidos de esquerda começaram a crescer no Brasil. Seus líderes julgavam que se iniciava para eles uma “era de ouro”, diante de uma opinião pública fatigada com o regime militar. Mas tal “era de ouro” de fato só se consolidou com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2002 e a permanência de seu partido (PT) no poder.
Foi
o “país das maravilhas” para a esquerda. A partir desse marco, o Brasil
ia ganhando cada vez mais semelhanças com regimes socialistas, tanto no
campo econômico como no social. No campo econômico poderiam ser citadas
muitas medidas e leis que interferiam — e muitas ainda interferem — nas
relações patrão-empregado, nas relações familiares, na livre
iniciativa, no ensino etc., todas elas de cunho socialista.
Já no campo social caberia ressaltar toda a disseminação dos falsos conceitos de liberdade e igualdade, tendo como resultado a propagação do aborto, do homossexualismo, e de outras formas de mutilações morais. Com todas essas transformações somadas ao fato de o PT financiar outros governos socialistas, seria inteiramente lícito supor que em mais algumas décadas o Brasil se tornaria a União Soviética da América do Sul. E tudo caminhava para esse desfecho.
Como no conto de Alice, algo, porém, interrompe tudo: a população acorda e vê que aquilo não passara de um sonho. Explico. As pessoas que perseguiam esse objetivo estavam tão inebriadas com a disseminação de seus valores anticristãos, que não perceberam que a opinião pública já não os suportava havia tempo. As manifestações instigadas pelo governo petista em 2013, a propósito do “Passe livre”, tiveram um efeito boomerang e constituíram para ele o início do fim, pois a opinião pública começou a gostar da rua... Contudo, o fato culminante que a meu ver fez a esquerda realmente sobressaltar-se foi a recente e imensa reação do povo brasileiro contra a blasfêmia e a pornografia presentes na mostra do “Queermuseum”. As reações que se seguiram contra outras “mostras de arte” terminaram de “tocar o despertador”.
O
povo brasileiro não aceitou a agenda homossexual propagada pelo PT e
pelos partidos de sua base aliada, que não contavam com essa esmagadora
recusa. O relato de muitos jornalistas simpáticos às ideias rejeitadas
tão fortemente pelos brasileiros ilustra bem o quadro. “Absurdo”,
“retrocesso”, “atraso”, “volta à Idade Média” foram expressões muito
utilizadas, reveladoras do desapontamento que tiveram. O Brasil
autêntico e cristão mostra a sua face.
O que convém lembrar a toda essa gente, desejosa de impor a todo transe tais agendas ao povo brasileiro, é que nem seus discursos igualitários e falaciosos, nem a dissolução moral difundida pela mídia e congêneres poderão exterminar a herança religiosa e moral de um Brasil autêntico e cristão. De um Brasil que a partir de 2013 vem se erguendo contra o socialismo petista em gigantescas manifestações de rua — a mais memorável das quais foi aquela de 15 de março de 2015 —, e cuja verdadeira grandeza se revelará no dia não longínquo em que, regenerado pelas bênçãos de Nossa Senhora Aparecida e envolto nos braços do Cristo Redentor, ele cumprir com a vocação histórica que a Divina Providência lhe tem reservada.
É certo o velho ditado. O pau que nasce torto, morre tordo. Quem tiver o minimo de memoria vai se lembrar que o movimento de 1964 foi resultante da desordem instalada no Brasil por esses mesmos bandidos que anistiados e perdoados chegaram ao puder. Portanto gente sem índole e de mal caráter que foram presos nas duas épocas. Revolução e agora pela pratica dos mesmos crimes.
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