A condenação de Lula a 12 anos e 1 mês de cadeia carbonizou as expectativas do PT de formar uma frente de esquerda na campanha de 2018. Mesmo os aliados mais tradicionais, como PC do B e PDT, estão mais preocupados com o próprio futuro do que com o enorme passado criminal que Lula tem pela frente. A Quarta-Feira de Cinzas começou mais cedo para Lula. Sua candidatura presidencial tornou-se uma ficção antes mesmo de entrar na avenida. E as águas de março trarão pelo menos mais uma condenação, no caso do sítio de Atibaia.
Nos subterrâneos, o PT tenta convencer velhos parceiros de que a união em torno da candidatura de Lula é necessária para evitar a criminalização da política. De fato, a Lava Jato criminalizou a banda podre da política. Mas o Judiciário está colocando atrás das grades corruptos que se meteram em transações políticas que visavam assaltar cofres públicos. Ou seja, a política foi criminalizada pelos criminosos. E Lula se envolveu na encrenca porque quis. Antigos aliados, mesmo os cúmplices, não se sentem obrigados a pular na cova junto com ele.
Lula chegará ao Carnaval sem um samba-enredo. O lero-lero da perseguição política perdeu o prazo de validade com placar de 3 a 0 no TRF-4. No momento, são duas as prioridades de Lula: passar a impressão de que ainda comanda o próprio destino e não ser preso.
O carnavalesco do PT logo notará que o pior tipo de solidão é a companhia de correligionários incendiários como Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, que se dedicam a borrifar gasolina na crise. É falsa a versão de que o PT continua sendo 100% Lula. Em privado, um pedaço da legenda já procura a porta de incêndio. E se desespera, porque não encontra.
O lero-lero da perseguição política perdeu o prazo de validade com placar de 3 a 0 no TRF-4. No momento, são duas as prioridades de Lula: passar a impressão de que ainda comanda o próprio destino e não ser preso.
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