Foto do Dr. Décio Telles Cartaxo, prefeito do Crato por ocasião dos festejos do Centenário da cidade do Crato, 04.09.1953.
CRATO - Por Alves de Oliveira.
Tanto me afiz bela urbe, à tua natureza
Pelos meus respirada, exuberante e pura.
Que, ausente dos teus céus, nas horas de ternura.
Afloras-me ao cismar, bem fadada princesa!
Venho as auras haurir-te. E ao ver-te, que leveza
Blandiciosa me invade, e se aviva, e perdura.
Sentindo-me ingressar na região da Fartura,
Sentindo-me extasiar na zona da beleza!
E o Cristo Redentor, e as torres, e a serena
Verdura a emoldurar-te... Em fim, para que a pena
Deslize no papel, feliz, ágil, fagueira.
Basta-me a aparição, na tarde que se encerra.
De uma casa a alvejar num côncavo da serra,
Ou o simples flabelar de um leque de palmeira.
Tanto me afiz bela urbe, à tua natureza
Pelos meus respirada, exuberante e pura.
Que, ausente dos teus céus, nas horas de ternura.
Afloras-me ao cismar, bem fadada princesa!
Venho as auras haurir-te. E ao ver-te, que leveza
Blandiciosa me invade, e se aviva, e perdura.
Sentindo-me ingressar na região da Fartura,
Sentindo-me extasiar na zona da beleza!
E o Cristo Redentor, e as torres, e a serena
Verdura a emoldurar-te... Em fim, para que a pena
Deslize no papel, feliz, ágil, fagueira.
Basta-me a aparição, na tarde que se encerra.
De uma casa a alvejar num côncavo da serra,
Ou o simples flabelar de um leque de palmeira.
Tenho reprisado sistematicamente esse poema com o intuito de encontrar quem saiba e tenha conhecimento do seu autor - Alves de Oliveira.
ResponderExcluirRecomendo ler com um dicionario do lado......
ResponderExcluirVerdade. Literatura refinada bem própria do Crato município modelo e cidade da cultura.
ExcluirAlves de Oliveira(José Alves de Oliveira), além de poeta, foi jornalista, tendo colaborado assiduamente com o jornal "Cidade do Crato".
ResponderExcluirAlém do poema por você publicado, ele tem um outro, muito bonito, chamado "Quando ela ri".
É o pouco que se sabe sobre Alves de Oliveira.
- Informações colhidas no livro O Crato Intelectual, de Raimundo de Oliveira Borges.
Comentário do Nélio Falcão.
O soneto é uma forma poética composta de 14 versos, comumente com versos decassílabos, cujo último concentra o sentido principal do tema do poema.
ResponderExcluir