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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 24 de junho de 2018

POR MEDO DO VEXAME - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares



Já imaginaram o vexame que seria um segundo empate do Brasil na Copa, diante do fraco time da Costa Rica ?
Realizando um primeiro tempo parecido (ou pior) com o do primeiro jogo frente à Suíça, foi o medo de uma situação vexaminosa o motor que moveu a seleção brasileira na segunda etapa da partida de hoje.
As jogadas concentradas do lado esquerdo, com Marcelo, Neymar e Felipe Coutinho, não encontravam a “solucionática”, como diria Dario, o “peito de aço”.
Paulinho, influindo pouco, e Willian, muito mal, não faziam o meio e a extrema-direita.
A Costa Rica fazia a temida linha de cinco atrás e uma outra, de quatro, mais à frente. 
Urena que se virasse sozinho, mais adiantado.
Podia se dizer que o Brasil era melhor. Só que ser melhor em campo não significa jogar bem.
Faltava rapidez e maior concatenação nas tramas. Neymar, como sempre, recebendo faltas sucessivas.
Aliás, quem está pegando moleza de marcação, até desleal, nesta Copa?
Com uma enorme sombra de preocupação, partiu-se para o segundo tempo.
A ordem de Tite, no vestiário, deve ter sido no sentido de suar, para valer, todas camisas.
Douglas Costa, canhoto pela direita, substituiu William.
Me ocorreu que o time brasileiro praticou uma invenção da Holanda na Copa de 1974, uma espécie de “blitzkrieg”.
Essa ação corresponde ao resultado de uma pressão, com adiantamento das linhas, para impedir que o adversário tenha condições de se recompor depois de atacado.
E, aí, o jogo foi guindado à categoria de drama. Como os que encontramos pelos nossos caminhos. Por isso, já se disse que o futebol é um jogo da vida maior que nós.
Firmino entrou no posto de Paulinho, aos 22 minutos. Num saco só, se juntou bola na trave, gol perdido, irritação, simulação de penalidade por Neymar e uma chance jogada fora, que o fez enrolar o rosto com a camisa.
Certamente, que a emoção causou uma produção em massa de cabelos brancos na cabeça do torcedor brasileiro.
Quando o tempo normal já era ultrapassado em 24 segundos, creio, Felipe Coutinho, agradecendo à disputa de jogada de Casemiro e a participação de Gabriel de Jesus, de bico, colocou entre as pernas de Navas e marcou o gol libertador.
A trama foi mais ampla, com as participações de Marcelo e Firmino.
O gol de Neymar, aos 52 minutos, recebendo passe de Douglas Costa, foi o acabamento que se restava fazer.
No final, o craque desabou num choro de bezerro desmamado e fez Brasil chorar.
Ninguém é de ferro para agüentar toneladas de pressão. Vitória da alma desesperada e do coração aos pulos, longe de ser a “aula de futebol”, como afirmou Tite.
Por falar no treinador, houve pênalti em cima dele, que o juiz não marcou. Foi derrubado, sim.

Um comentário:

  1. Até o momento o Brasil marcou a copa por três fatos : O mal caráter dos torcedores no caso dos videos, no teatro do Newmar, seria muito vergonhoso se ele tivesse vergonha, e, por fim o pênalti escandaloso no Tite, que o juiz não marcou. Derrubaram o homem e pisotearam.

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