O
que é a estatização? No Brasil, a partir da ditadura de Getúlio Vargas
(1930), e até o fim da ditadura militar (1985), praticamente todos os
setores-chave da economia eram controlados pelo Estado. O setor bancário
brasileiro ainda tem expressiva participação do Estado, com a Caixa
Econômica Federal, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da
Amazônia. Mesmo assim mais de vinte deficitários bancos estaduais foram
privatizados. Esse modelo de empresas o Governo criou centenas de novas
estatais que atuavam não apenas em setores estratégicos, mas também em
setores menores, como hotelaria e até supermercados.
Os
presidentes Collor, e Fernando Henrique Cardoso promoveram o programa
da privatização de empresas estatais. Estas, estagnadas, não
acompanhavam mais o ritmo de modernização das empresas privadas. Além de
deficitárias, pareciam paquidermes num mundo globalizado. Essas
privatizações foram um pouco freadas com a chegada do PT (leia-se: Lula e
Dilma) ao poder. Mesmo assim, algumas atividades estavam tão defasadas
que Lula ainda chegou a privatizar as hidrelétricas de Santo Antônio e
Jirau e diversas Rodovias (as chamadas BRs). E Dilma privatizou os
principais aeroportos do país (única forma de receber de forma eficiente
os visitantes para a Copa do Mundo 2014) e mais: a Ponte Rio-Niterói e 7
rodovias BRs.
Para os
defensores da privatização, pessoas de pensamento liberal, essa
providência é imprescindível para que o Estado Brasileiro consiga um
equilíbrio fiscal, acabando os déficits anuais cada vez maiores, os
quais – se forem zerados – comprometerão o futuro da nossa pátria
levando-a aos níveis da Venezuela, Nicarágua ou Cuba. O Estado, dizem
eles, deve focar sua presença nas áreas para as quais foi criado: saúde,
segurança e educação públicas, saneamento básico, equilíbrio fiscal,
dentre outras.
Voltaremos amanhã com outras considerações sobre este tema.
Nos últimos governos do PT as estatais viraram mercadorias a promover negócios em troca de apoios para se manter no poder.
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