Enquanto
o governo tenta cortar gastos e aumentar receitas para, pelo menos,
fechar as contas de 2019, e o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, fez
apelos aos presidentes da Câmara e do Senado para segurar as votações da
chamada “farra fiscal”. Inútil. Propostas de parlamentares às vésperas
das eleições – aprovadas ontem na Câmara dos Deputados – podem ter
impacto negativo bilionário na arrecadação e são promessa de herança
maldita para quem vier a ser eleito Presidente da República daqui a
menos de três meses.
Às
vésperas da eleição, deputados e senadores estão abrindo a torneira das
contas públicas por meio da aprovação de projetos que derrubam a
arrecadação do governo e impedem a contenção de gastos. As chamadas
“pautas-bomba” podem ter impacto próximo a 100 bilhões de reais nos
próximos anos, ameaçam as contas do governo de Michel Temer e são
promessa de herança maldita para o próximo presidente.
A
maior dessas “bombas” é relacionada à desoneração do ICMS sobre
exportações. Se o projeto de lei que determina que a União compense o
imposto aos Estados passar, a consequência serão 39 bilhões de reais a
menos para o governo por ano.
Mas
a lista é extensa. Tome-se o exemplo do Refis: o perdão de dívidas
tributárias de produtores rurais pode custar 13 bilhões de reais só
neste ano. A anistia a empresas integrantes do Simples, 7,8 bilhões de
reais em 10 anos. Benefícios para transportadoras representariam 27
bilhões de reais a menos até 2020. Benefícios a Sudene, Sudeco, e Sudam
podem custar 9,3 bilhões de reais até 2020. Outras propostas, como a que
permite a criação de até 300 municípios, não têm impacto estimado.
Fonte: VEJA
Maior que a irresponsabilidade do Congresso só a do povo, que ainda vota e elege vagabundos populistas como essa composição da câmara e do senado.
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