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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 7 de setembro de 2018

CONTRA A FEIURA DO FUTEBOL - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo da TV Diário e Rádio Verdes Mares.



A reclamação é geral contra a baixa qualidade do futebol praticado no Brasil.
Então, é preciso fazer alguma coisa.
Anos atrás, cheguei a propor medidas punitivas, diante dos principais defeitos identificados nos nossos jogos.
Criado um tribunal de notáveis (pode ser da crônica esportiva, ou não), os problemas alvos seriam os seguintes:

1 – O primeiro pecado a ser punido severamente é o “chutão”. Claro, se estabeleceria uma tolerância às situações de desespero e “fuzuê” na área do time atacado. Até porque, convenhamos, o futebol feito de chutões não se vê mais nem na roça, como antigamente.

2 – O segundo sacrilégio é “a bola rifada”. Esta, também, não tem perdão, por pertencer à família do chutão. Rifar a bola é uma prova de incompetência do jogador que deseja se livrar de responsabilidades fundamentais.

3 – Na mesma linha de punição, entraria na lista de insuportáveis atitudes a famigerada “ligação direta”. Ela representa a malandragem burra de queimar etapas para trabalhar menos. Coisa de gente preguiçosa. Pode crer.

4 – Mais duas atitudes reprováveis de jogadores e treinadores, que não podem  passar livres de multas pecuniárias: o indefectível “chuveirinho” em excesso e “a marcação muito atrás” (aquela dos volantes misturados a zagueiros, com a colaboração dos meias).

5 - O dinheiro das possíveis multas (sim, porque não tenho idéia de como tocar as medidas) seria destinado ao time que fizesse ressurgir a troca de passes e o nosso toque de bola (aquele que o Barcelona de Guardiola ofereceu ao mundo).

Para completar a arquitetura da coisa proposta acima, a crônica esportiva também seria proibida de continuar a emitir as platitudes de sempre.
Claro, as medidas podem não ser uma solução para a nossa bola, cada vez, mais feia e murcha, mas já emplacariam alguma coisa.

Sério.

O que acharam das propostas?

Um comentário:

  1. O jogo era Santos e Palmeiras, campeonato paulista 1969. Hamilton Rocha cobrou o escanteio para o Palmeiras. A bola subiu e foi descendo na pequena área, Ramos Delgado zagueiro do Santos matou no peito, saiu tocando a pelota com a coxa direita, depois com a esquerda até o meio do campo. Tocou para Lima que deixou para o Manuel Maria, que cruzou na grande área para Pelé que serviu Toninho para fazer um belo gol. E olhe que entre os adversários estavam : Djalma Santos, Baldok, Procópio, Dudu, Ademir da Guia, Artime. Falta craque. Mas, o Tite agora resolve o problema : O capitão agora é Nwymar Jr.

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