Futebol já foi programa de família quando torcidas adversárias se misturavam nas arquibancadas sem problemas de violência.
Sem saudosismo, diria que o futebol de boa qualidade jogado pelas equipes tinha forte influência nesse clima pacífico.
Os times possuiam maior número de craques e, por isso, o futebol brasileiro ostentava grandes academias como Santos, Palmeiras, Botafogo, São Paulo e Flamengo.
O Dr. Sócrates, um dos últimos grandes solistas do futebol bonito, disse com propriedade, que a boa qualidade do jogo tinha o poder de pacificar a mente dos torcedores.
Com as vistas voltadas para a bola rolando, o aficionado pela arte do futebol bem jogado não se ocupa com comportamento virulento.
Com pesar, acompanha-se hoje nos nossos maiores duelos a presença nociva dos simulacros, dos agarrões, das cotoveladas, das faltas sistemáticas. O objetivo é paralisar o jogo.
Achando pouco, no confronto Cruzeiro e Palmeiras, depois de terminada a partida, jogadores se envolveram num triste espetáculo de agressões.
Não foi acontecimento isolado, coisa nenhuma. O efeito desse inferno, infelizmente, sai do campo para as arquibancadas.
Mas, o fato parece ser preocupação menor. Azar do futebol.
Hoje em dia, o futebol deixou de ser um esporte e passou a ser uma guerra. Final da década de 70 do século passado, fui ao Recife de ônibus para assistir Santos e Santa Cruz. Vê, Pelé e cia e Givanildo, Luciano e outra cia.
ResponderExcluirEu no meio daquela gente e faltando 20 minutos para terminar o jogo fiz sinal de me retirar. O senhor que estava ao lado perguntou : por que já vai se retirar? Vou viajar de ônibus e preciso pegar um taxi para Rodoviária. Ele então disse : Eu vou lhe deixar no meu carro. E foi. Uma pessoa que nunca a vi, mas era cordial e prestativa.