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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 13 de novembro de 2018

José Dirceu, ex-Chefe da Casa Civil de Lula: 'Bolsonaro tem apoio e vai durar anos'

Ex-ministro, que lança livro em São Paulo, afirma que a derrota do PT na última eleição não foi apenas "política, mas ideológica"

Fonte: UOL, por Ricardo Galhardo e Marcelo Godoy – atualizado em 13/11/2018 às 07h23

O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu (PT) afirmou nesta segunda-feira, 12, que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) deve durar muito anos, pois tem base popular. "É uma luta de longo prazo, não nos iludamos, não é de curto prazo. É um governo que tem base social, muita força e muito tempo." O petista afirmou que a derrota do partido na última eleição não foi apenas "política, mas ideológica".

José Dirceu em noite de autógrafos, no teatro Tuca, nessa segunda-feira (12/11/2018)
Foto: SANDRO DE SOUZA/FRAMEPHOTO / Estadão Conteúdo 

Dirceu estava no Tuca, o teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), lançando seu livro de memórias. Começou sua palestra com uma autocrítica. "Muitas vezes nós nos desviamos. Temos que ter a coragem de dizer isso e eu tenho." Sua autocrítica se estendeu a práticas petistas no governo. Disse que o partido se distanciou do cotidiano da população nos 13 anos em que esteve no poder. Completou sua crítica às relações da sigla com o combate à corrupção - Dirceu está condenado a 30 anos e 9 meses de prisão na Lava Jato.

Lembrou o uso político que esse combate teve no passado. "Digo isso não porque não tenhamos que combater a corrupção, porque não precisemos rever nossos erros principalmente sobre o sistema de financiamento de campanhas."

Por fim, classificou o momento em que o País passa como uma contrarrevolução. "Uma regressão cultural e política." Para ele, as forças de oposição não devem se perder em debates que as dividem. "Cada um tem de cumprir seu papel. Lá na frente a gente se encontra."

3 comentários:

  1. Presado Armando : Pela primeira vez vejo uma declaração sensata deste senhor. Está aprendendo. Já não era sem tempo.

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  2. Diziam os antigos que "a dor ensina a gemer". Cid Gomes tinha razão. O que o PT precisa fazer é uma autocrítica, pedir perdão e descobrir que o Brasil não tem dono. É uma nação democrática...

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