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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

TUDO É PERMITIDO - Por Wilton Bezerra, comentarista.


É de Dostoiévski: “Se Deus não existe, tudo é permitido“.

Trazendo o que sugere a frase para o cenário político brasileiro, sob novo governo, estabeleceu-se o seguinte: daqui por diante, já que o PT murchou a bola, tudo estaria permitido.

Quer dizer, a cada deslize cometido basta dizer que na época dos “socialistas” a coisa era muito pior. 
A cada escorregão, a justificativa de que no passado foi queda e coice.

Por que a comparação obrigatória, se o ungido prometeu passar o rodo na sujeira?
Ou melhor: dá-se uma nova pintura em velhas práticas de favorecimento e outras “cositas mas”, e bola pra frente que é jogo valendo três pontos.

O motorista Queiroz só faltou exibir dança da garrafa no hospital e não explicou com qual máquina faz dinheiro.
O pior veio do general Heleno, afirmando que mais um “rolo” do motorista envolveu pouco dinheiro e, por isso, não teve importância nenhuma.

Quero lembrar aos navegantes, que esse modesto escriba não engole mais esse papo de esquerda e direita ( são meros rótulos ) nem abarca essa babaquice de torcer pelo pior.

Só sendo um imbecil, em toda sua plenitude, para desejar a queda do telhado sobre todo mundo.
Pergunto, de novo: por que olhar para trás a cada mal feito do presente?

O objetivo é arranjar uma permissão baseada no uso da boca torta ou virar uma estátua de sal? Que porra é essa ?

Seria bom lembrar que os pequenos furos afundam um grande navio.
Como sentenciou Millor Fernandes: as pequenas permissões possibilitam as grandes invasões.

Se tem uma coisa que não pode ser modificada é o passado. Então, olhe-se para frente. Nada de fascínio pelo abismo.

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