As comparações com o sudeste e sul maravilha nos fazem entender porque parece que habitamos o “universo africano” deste país – o Nordeste.
Aqui, mais do que em qualquer outra parte da nação, nascer é um salto no escuro e viver é teimar, como disse o saudoso Padre Murilo de Sá Barreto, de Juazeiro do Norte.
A desigualdade tem residência fixa por aqui.
E o que isso tem a ver com o futebol? Tudo, diríamos nós.
Para começo de assunto, o torcedor, envolvido pela paixão, ao perder o contacto com a realidade, quer resultados por cima de pau e pedra. Na sua lógica, em matéria de futebol tudo é possível e conversa encerrada.
Como fazer bonito numa primeira divisão, diante de uma massacrante diferença na distribuição de recursos entre grandes e pequenos ?
É nesse ponto que precisamos refletir antes de cortar cabeças. Até porque percebe-se uma inquietação incontrolável das massas torcedoras de Ceará e Fortaleza, com a aproximação das disputas da série A.
Mas, vamos lá. Reconheçamos o nosso lugar e analisemos as dificuldades impostas pela geografia.
Afastados dos centros decisórios e longe dos capitais, cabe-nos gastar cada centavo com parcimônia.
Afinal, a nossa sobrevivência se dá com a cuia na mão.
Quer ver? Compare!
Ontem, eu vi uma entrevista do Pai do Newmar. Uns oito jornalista da Globo fazendo uma entrevista. Determinada hora ele disse que depois de Pelé o filho dele, o Newmar Jr. era o melhor jogador do Brasil em todos os tempos.
ResponderExcluirComo não foi contestado eu desliguei a TV. Não sou nenhum Renê Simões para considerá-lo um monstro, mas, não acho um Garrincha, um Zico, Ronaldos, Romario e tantos outros que vi jogando.