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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

UNIVERSO AFRICANO - Wilton Bezerra, Comentarista esportivo do Sistema Verdes Mares


As comparações com o sudeste e sul maravilha nos fazem entender porque parece que habitamos o “universo africano” deste país – o Nordeste.

Aqui, mais do que em qualquer outra parte da nação, nascer é um salto no escuro e viver é teimar, como disse o saudoso Padre Murilo de Sá Barreto, de Juazeiro do Norte.
A desigualdade tem residência fixa por aqui.
E o que isso tem a ver com o futebol? Tudo, diríamos nós.

Para começo de assunto, o torcedor, envolvido pela paixão, ao perder o contacto com a realidade, quer resultados por cima de pau e pedra. Na sua lógica, em matéria de futebol tudo é possível e conversa encerrada.
Como fazer bonito numa primeira divisão, diante de uma massacrante diferença na distribuição de recursos entre grandes e pequenos ?

É nesse ponto que precisamos refletir antes de cortar cabeças. Até porque percebe-se uma inquietação incontrolável das massas torcedoras de Ceará e Fortaleza, com a aproximação das disputas da série A.

Mas, vamos lá. Reconheçamos o nosso lugar e analisemos as dificuldades impostas pela geografia.
Afastados dos centros decisórios e longe dos capitais, cabe-nos gastar cada centavo com parcimônia.

Afinal, a nossa sobrevivência se dá com a cuia na mão.
Quer ver? Compare!

Um comentário:

  1. Ontem, eu vi uma entrevista do Pai do Newmar. Uns oito jornalista da Globo fazendo uma entrevista. Determinada hora ele disse que depois de Pelé o filho dele, o Newmar Jr. era o melhor jogador do Brasil em todos os tempos.

    Como não foi contestado eu desliguei a TV. Não sou nenhum Renê Simões para considerá-lo um monstro, mas, não acho um Garrincha, um Zico, Ronaldos, Romario e tantos outros que vi jogando.

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