Samba-enredo da escola verde e rosa diminuiu a atuação da princesa na abolição da escravatura. Para o carnavalesco Leandro Vieira, o enredo critica a falsa emolduradão de heróis da nossa história.
O que proponho é olhar para os mortos, para o sangue por trás de figuras como Duque de Caxias, dos bandeirantes, do Floriano Peixoto, da Princesa Isabel e do Estado brasileiro que permitiu que o Brasil fosse o último país das Américas a abolir a escravidão.
Para transmitir essa imagem, figuras históricas foram apresentadas dançando sobre corpos de índios e de escravos mortos e ainda ensanguentados. A inclusão da Princesa Isabel neste infame panteão, no entanto, é tema de discussão entre historiadores e escritores.
Conselheiro da Educafro e autor do e-book “13 de Maio: A Maior Fake News de Nossa História”, Irapuã Santana concorda que a figura da princesa Isabel pode ser “um tanto controversa”.
O Brasil já quase não tinha escravos em 13 de maio de 1888. À época, negros não poderiam adquirir terras, tampouco ter acesso à educação formal. Diante desse quadro, o que a Princesa Isabel fez para reverter a situação? Revogou as leis injustas que deixaram os escravos jogados à própria sorte? Ela apenas cumpriu com uma de suas várias obrigações, e tarde demais!.
Mas inferir que há sangue de escravos nas mãos da Princesa Isabel, como fez a escola, é distorcer a história. É ignorância e muita má fé.
A princesa Isabel é bem maior que a Mangueira, que o estado brasileiro, que essa republiqueta e seus políticos de meia pataca corruptos e desonestos. Quem escreve diferente desconhece a história e usa má fé.
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