Informações dadas por Sérgio Cabral, em depoimento nesta semana ao juiz Marcelo Bretas, envolvendo integrantes de tribunais superiores poderão vir a ser analisadas em uma eventual CPI da Lava Toga, ainda não instalada no Senado.
“A CPI poderá analisar esses fatos e outros que surgirem durante o andamento dos trabalhos. Cabral precisa falar. Ele mudou a estratégia de maneira inteligente: como todo réu, está em busca de vantagens, é legítimo da parte dele. Ele atingiu um estágio que o Lula, por exemplo, ainda não atingiu: o ex-governador entendeu que não dá para enganar mais. As provas estão aí”, comentou em entrevista a O Antagonista o senador Alessandro Vieira, foto, autor do requerimento para criar a comissão parlamentar de inquérito.
Vieira, do PPS de Sergipe, vai reiniciar uma nova coleta de assinaturas para instalar a CPI após o carnaval. A primeira tentativa acabou sendo arquivada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, depois que três senadores — Kátia Abreu, Tasso Jereissati e Eduardo Gomes — retiraram o apoio.
“Vou colher outras assinaturas, não vou perder tempo com discussão regimental. Eu sabia o nível de pressão que viria, mas a pressão foi muito grande, principalmente do STF. Foi uma pressão ostensiva, com ligações diretas para os senadores.”
O senador contou que 10 minutos depois de o requerimento ser protocolado, um assessora do STF já estava em seu gabinete pedindo a lista dos apoiadores.
Perguntamos se Gilmar Mendes chegou a ligar para ele. “O ministro tem informações suficientes para saber para quem pode ligar ou não ligar.”
Senador que o Gilmar Mendes liga pra ele e retira a assinatura não merece ser senador. Tasso não mereceu o meu voto.
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