Casal Lázaro Pinho e Obemar.
Minhas lembranças em Várzea Alegre: Lazaro Pinho.
Passei parte da minha infância como a maioria das crianças que viveram aqui. Meu pequeno mundo se resumia frequentar a única escola pública que existia e a brincar pelas ruas empoeiradas. Jogar bola no pátio da igreja, fazer algumas travessuras e peraltices de criança.
Lembro de Carro boi ou boi preto que ficava tiririca da vida quando assim o chamava. O banho na lavanderia, aprender andar de bicicleta em “cilibrina” pertencente a Antônio de Mundeira, barbearia de Pacim, casa das máquinas de Acelino Leandro, bilhares e sinucas de Zé de Zuza, alfaiataria de Joel Martins e Vicente Salviano, cartório de Júlio Salviano, dona Maria e seu Abel, carrocel Lima na festa de agosto, o alfenim de dona Santana, como era gostoso, pular da calçada da casa de Pedro Orelha dentro da lagoa de S Raimundo, píc-nic com a primeira turma da professora Ormecinda no admissão ao ginásio.
Tive também momentos difíceis já na seca de 58 quando fui gari na limpeza da cidade com quase quinze anos, despertando o desejo de me desterrar daqui.
E assim o fiz deixando minha terra com apenas 15 anos de idade e como a maioria dos varzealegrenses fui para São Paulo.
Aí já é outra saga que enfrentei e em outra oportunidade contarei os sofrimentos vividos na terra de ninguém.
Viver uma vez já é divino, reviver é viver uma segunda vez. Lembrar um legado de exemplos nobres é o complemento de plena realização.
ResponderExcluirO amigo Lázaro Pinho é do Sítio Piripiri, localizado no entroncamento do Riacho do Machado, em Várzea Alegre. Portanto, conhece bem os pormenores da convivências com as coisas "lá di nóis".
ResponderExcluir