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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 25 de abril de 2019

470 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Casal Lázaro Pinho e Obemar.

Minhas lembranças em Várzea Alegre: Lazaro Pinho.

Passei parte da minha infância como a maioria das crianças que viveram aqui. Meu pequeno mundo se resumia frequentar a única escola pública que existia e a brincar pelas ruas empoeiradas. Jogar bola no pátio da igreja, fazer algumas travessuras e peraltices de criança.

Lembro de Carro boi ou boi preto que ficava tiririca da vida quando assim o chamava. O banho na lavanderia, aprender andar de bicicleta em “cilibrina” pertencente a Antônio de Mundeira, barbearia de Pacim, casa das máquinas de Acelino Leandro, bilhares e sinucas de Zé de Zuza, alfaiataria de Joel Martins e Vicente Salviano, cartório de Júlio Salviano, dona Maria e seu Abel, carrocel Lima na festa de agosto, o alfenim de dona Santana, como era gostoso, pular da calçada da casa de Pedro Orelha dentro da lagoa de S Raimundo, píc-nic com a primeira turma da professora Ormecinda no admissão ao ginásio.

Tive também momentos difíceis já na seca de 58 quando fui gari na limpeza da cidade com quase quinze anos, despertando o desejo de me desterrar daqui. 

E assim o fiz deixando minha terra com apenas 15 anos de idade e como a maioria dos varzealegrenses fui para São Paulo.

Aí já é outra saga que enfrentei e em outra oportunidade contarei os sofrimentos vividos na terra de ninguém.

2 comentários:

  1. Viver uma vez já é divino, reviver é viver uma segunda vez. Lembrar um legado de exemplos nobres é o complemento de plena realização.

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  2. O amigo Lázaro Pinho é do Sítio Piripiri, localizado no entroncamento do Riacho do Machado, em Várzea Alegre. Portanto, conhece bem os pormenores da convivências com as coisas "lá di nóis".

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