Eleito sob a promessa e após uma trajetória política de combate à corrupção, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) não pode tolerar que seu governo tenha como Líder no Senado um político acusado pela Polícia Federal de receber propinas de mais de R$5,5 milhões. E há ainda outros casos em que figura como suspeito ou acusado. “O presidente já percebe que ter Bezerra como líder pega mal”, disse um general com gabinete no Planalto, entre tantos que nunca entenderam essa escolha.
Em público, o Líder suspeito “colocou o cargo à disposição”, mas em particular passou o dia articulando sua permanência.
Bezerra mandou aliados espalharem a fofoca de que a busca em seu gabinete teria sido retaliação à ameaça de demissão do diretor da PF.
Foi de Onyx Lorenzoni, Casa Civil a ideia de fazer Bezerra Líder do Governo. Bolsonaro foi fiel ao estilo “dar carta branca” aos ministros.
A eventual demissão de Bezerra pode ser o pretexto para Onyx sair do governo também. Até porque já não tem muito a fazer na Casa Civil.
ResponderExcluirO Senado está indignado com buscas e apreensões em gabinetes e casas dos Coelhos pai e filho, atribuindo-as a mera vingança de Moro e da Lava Jato, como se esses baluartes da mais velha política brasileira fossem puros e inocentes.
O pai foi ministro de Dilma e é acusado de ter pegado com o filho R$ 5,5 milhões de propinas para favorecer empreiteiras na obra inacabada da transposição do rio São Francisco para o sertão.
Se Bolsonaro não sabia de seu passado suspeito, não se informou direito. Se sabia e pensou que a PF não o investigaria, não conhece bem a história recente.