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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 20 de setembro de 2019

CLUBE EMPRESA - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.


Tem causado espécie essa galopante desigualdade entre o futebol da América do Sul e o da Europa.
As super organizadas competições no Velho Mundo, transformadas em indústria de entretenimento, com espetáculos avidamente acompanhados pelo mundo todo, nos deixa grávidos de inveja. Se bem que a inveja é o mau hálito da alma.
Tudo regido por uma respeitável base empresarial bem sucedida, a partir dos clubes.
Enquanto isso, por aqui, nos conformamos com um futebol de má qualidade e clubes tradicionais em estado de penúria, sobrevivendo autofagicamente.
Eis que, de repente, surge uma luz no fim do túnel com a desconfiança de que seja uma locomotiva: o projeto de transformação dos clubes em empresas, que tramita na câmara federal.
Sim, porque nenhum segmento no Brasil é imune à incompetência e desonestidade.
O que parecia inicialmente, para este escriba, uma medida para lá de viável, tornou-se uma coisa complicadíssima na questão tributária.
Isto é assunto mais para tributarista do que para comentarista. Mas, vamos lá.
A migração de entidade associativa para clube empresa, anteprojeto do deputado Pedro Paulo, abraçado por Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, já provocou um racha entre dirigentes das mais importantes equipes do futebol brasileiro.
A primeira pedra no caminho - aumento dos tributos – não é o único empecilho. Existem outros mais complicados na área jurídica.
Na raia miúda, se diz que Rodrigo Maia deseja, mesmo, é salvar o seu time, o Botafogo, prestes a adotar um projeto dos irmãos Moreira Sales.
Há também quem afirme se tratar de mais uma tentativa de calote.
O certo, porém, é que com o modelo atual não dá para continuar.
O futebol é muito importante como instrumento de transformação social do país.

2 comentários:

  1. "Tudo regido por uma respeitável base empresarial bem sucedida, a partir dos clubes". Isso mesmo. No Brasil é bastante diferente. Até mesmo quando o presidente da republica é Corintiano e decide ajudá-lo com a sua influência, termina todos, inclusive ele se envolvendo na corrupção. No Brasil e CBF se corrompe até para convocar jogadores que pertencem a empresários ricos. Não se sabe quanto leva em cada convocação mesmo quando o jogo é contra uma equipe de meia pataca. Se dá a esse proposito.

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  2. é isso Antonio. Mistura de gente ruim com gente que não presta;

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