Operários salvos pela reza do Terço
O jesuíta alemão Helmuth Kaiser conta este caso ilustrativo da piedade
mariana, acontecido nos princípios do século XX, em terras germânicas.
Duas jovens irmãs, alunas de um colégio interno, costumavam passar as
férias com a avó no sitio da família. E sempre rezavam o terço com ela
após o jantar, diante de uma imagem da Mãe do Céu. E contaram este
“fatinho” real.
“Quando rezávamos o terço, não sentíamos o tempo passar. A avó tinha um
lindo rosário de pérolas guardado na caixinha, mas preferia usar o de
contas grandes, gastas, de marrom desbotado.
Muito curiosas, perguntamos-lhe ao fim da reza:
-- Avó, por que a senhora reza com esse rosário velho e feio?
-- É porque ele traz para mim uma saudade muito grande. Era do seu avô,
que o rezava tranquilamente todas as manhãs, enquanto caminhava pela
estrada para chegar ao serviço nas minas de pedra lousa.
Ele demorava meia hora até chegar no local de trabalho. Precisava ser
muito pontual porque tinha a chave do portão por onde entravam os
operários. Estes desciam pelos corredores com suas pás, picaretas e
carrinhos de mão. Certa manhã, o avô tinha andado meio caminho e ia
começar a rezar o terço. Mas ao enfiar a mão no bolso, não o encontrou.
Tinha esquecido no outro casaco. Coisa que acontece com tanta gente.
Ele não teve dúvida. Deu meia volta, voltou para casa, pegou o terço, e
apressou-se para não atrasar demais. Mesmo assim, chegou com quase
trinta minutos de atraso, nunca antes acontecido. Os operários estavam
todos esperando no portão e ficaram admirados desse atraso numa pessoa
sempre tão pontual. Eles o rodearam, curiosos por saber o motivo do
atraso. Um falatório daqueles.
O avô abriu o portão, e toda gente começou a descer para as minas. De
súbito, um grande estrondo se ouviu, parecendo um trovão no fundo da
terra. Quando tudo se acalmou, desceram cautelosamente. E viram que se
tivessem descido cinco minutos antes, todos teriam sido esmagados por
uma avalanche de pedras que desabara, enchendo de entulhos os vastos
corredores da mina. Os operários ficaram assustados e agradecidos à Mãe
do Céu, ajoelhando-se ali mesmo. Um terço esquecido em casa salvara da
morte dezenas de pessoas. Maria os protegera através de um devoto
mariano, o avô.
Este caso reavivou neles a sua devoção a Nossa Senhora e ao rosário.
Ouvindo esta história, ficamos muito impressionadas, em silêncio,
pensativas. Só a luzinha junto a imagem de Nossa Senhora tremulava e
parecia que a Mãe do Céu sorria para nós.”
Fonte: “O Santo Rosário e os Santos”, do Pe. Stefano Maria Manelli, publicado pela revista "Cruzada" – Braga - Portugal
Minha avó rezava o terço com os filhos e netos diariamente. E dizia - Aquele ou aquela que leva o filho para igreja não vai buscá-lo na cadeia. A igreja não são palácios, são os nossos aposentos, somos cada um de nós.
ResponderExcluirVerdade, Morais!
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