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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 4 de setembro de 2019

MANIA DE ROTULAR - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.


Em todos os setores da vida nacional, prepondera uma mania insaciável de rotular a tudo e a todos.
Na música, por exemplo, tem uma história de “regional”, que peca pela imprecisão, reducionismo, discriminação,etc. Afinal, teríamos uma ‘música da Aldeota” versus “música do Montese”?
Reconheço dois tipos de música: a boa e a ruim. No futebol, é a mesma coisa. E se o rótulo tem um verniz estrangeiro, o “status” melhora ainda mais.
O Flamengo e mais uns três times sulamericanos têm se organizado melhor e investido em bons jogadores.
O rubro-negro trouxe um Jesus, de Portugal, para treiná-lo. Os últimos resultados mostram que o time evoluiu. E pensar que um dia desses o Emelec, do Equador quase mela tudo...
Agora, pronto: já arranjaram um rótulo para o time da Gávea: “Flamengo europeu”.
A moçada não perde a oportunidade e já carimba a “mercadoria”, sugerindo uma marca internacionalizada.
Ora, não se sai da condição de um futebol fornecedor de pé de obra para uma estrutura real de organização, com um rótulo apenas.
Esperemos, um pouco mais, por um Flamengo com o nosso jeito, e com a cara bem brasileira. Já será de bom tamanho.
Os exageros sempre precisam ser controlados.

Um comentário:

  1. Basta dois tropeços como o Palmeiras que Jesus vira Genésio. Felipão que o diga.

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