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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 30 de maio de 2020

Imperador Dom Pedro I: Respeito à Constituição, sempre!


A abdicação de Dom Pedro I

     O então  Major Luiz Alves de Lima e Silva, o jovem futuro Duque de Caxias, ofereceu ao Imperador Dom Pedro I, dias antes de sua abdicação, a 7 de abril de 1831, os planos de reação contra as injustas e desleais agitações que se acumulavam contra a Coroa. O Soberano, contudo, recusou-os, nos seguintes termos:

O expediente proposto é digno do Major Lima e Silva, mas não o aceito, porque não quero que por minha causa se derrame uma só gota de sangue brasileiro. Portanto, siga o Major a sorte de seus camaradas reunidos no Campo de Santana.

    Já no momento supremo da abdicação, quando era intimado a demitir o Ministério, Sua Majestade respondeu:
– Diga ao povo que recebi a representação. O Ministério passado não merece a minha confiança, e do atual farei o que entender. Sou constitucional, e caminho com a Constituição. Admitir o mesmo Ministério, de forma alguma. Isto seria contra a Constituição e contra a minha honra. Prefiro abdicar. 

    Foram os usurpadores, após a quartelada republicana de 15 de novembro de 1889, que implantaram o desrespeito à Constituição e a infringiram tanto que acabaram reduzindo-lhe a um maço de folhas de papel esfarrapadas. Nenhum Presidente desta República teve o espírito constitucional dos Imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II, e foram esses mesmos Presidentes que deram ao povo brasileiro o exemplo de violar a Constituição – ou melhor, todas as seis Constituições que a República teve.

( Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, de autoria do Senhor Leopoldo Bibiano Xavier).
Publicado originalmente no Facebook de Pró Monarquia

Um comentário:

  1. Prezado Armando - Dom Pedro II, como o pai Dom Pedro I, para que lhe deixassem em paz e por sua grande ética, sempre bancava suas viagens como um comum mero viajante, com suas economias pois não gastava em luxos comuns aos Barões e Condes da época, e até mesmo com empréstimos a bancos, pois não aceitava retirar dinheiro do governo para tais atividades.

    Fato impensável atualmente, aonde os governantes e políticos em geral fazem questão de tirar dinheiro do povo para até as mais “básicas” extravagâncias.

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