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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 20 de maio de 2020

UTÓPICO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


Depois de um do tricampeonato mundial, em 1970, no México, pensei, ingenuamente, que o futebol brasileiro seria imbatível e, a partir dalí, sustentaria uma hegemonia, como os EUA no basquete.
A ignorância, que se dá bem com a vaidade, tratou de se meter no caminho e quase estragou tudo. Não, a tempo de impedir os 7 X 1, “a derrota das derrotas”, uma pancada da qual nunca consegui me recuperar, a ponto de não suportar a reprodução dos gols.

Como discotecário e programador de rádio, manuseei discos que continham música boa e ruim. O estilo “brega”, a principio, um modo de qualificar a música de cabaré, era mais “comportada”, sem sentido dúbio nas letras.
O que veio depois foi um esculacho sem precedentes, com a perda das medidas nas músicas que falavam de amores sofridos, adultérios e outras desventuras.

Com a chegada dos festivais da canção, houve um salto enorme na qualidade das músicas e letras, pela contribuição de novos valores artísticos associada a nomes já consagrados.
Pensei comigo: música ruim nunca mais. Só um imberbe para pensar isso e, algum tempo depois, o lixo musical começou a tomar conta da programação das emissoras.

Hoje, atingimos o pico da curva, sem possibilidades de achatamento em matéria de ruindade, com os “pancadões” da vida.
Na nossa adolescência, havia um respeito enorme pelas pessoas do mundo político e costumávamos colecionar “santinhos” dos candidatos.

Os prefeitos de nossas cidades eram escolhidos entre honoráveis cidadãos, convidados para gerir os destinos da municipalidade.
Sobre isso, no atual cenário, assiste-se a um momento de insanidade, falta de escrúpulos e entorpecimento do povo.

Nos enganamos de novo (ou não ?) e quem paga o alto preço do atraso é este país, bonito por natureza.
Utopia é imaginar um lugar que não existe. Mas, “prefiro o êxtase da realização, do que a calma viciada da utopia”. Acho que de Shakespeare.

Um comentário:

  1. O pior, o vergonhoso é ver o presidente da republica separando a população em tomadores de cloroquina ou tubaína. O governo da morte. E eu votei nessa carniça.

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