Provavelmente se Pedro d’Alcântara não fosse Imperador do Brasil, se ele não tivesse a responsabilidade de ser alguém que ele nunca quis ser, este amor tão intenso por Luísa poderia ter sido mais brando, mais calmo, talvez passageiro, talvez nem amor se tornaria.
Não era apenas o amor por aquela mulher que os ligava por toda a vida, mas também a possibilidade de Pedro ser ele mesmo, sem avaliações, sem pressões, sem responsabilidades, sem coroa.
Nem que fosse por poucos minutos escrevendo uma carta para a Condessa. Naqueles poucos instantes ele poderia ser ele mesmo e botar para fora todos os sentimentos, todos os carinhos, todas as emoções, todas as dúvidas, todos os medos, toda humanidade que ele escondia na maior parte do tempo como D. Pedro II.
Ironicamente, o imperador que não queria ser imperador e sim um professor ou um intelectual de vida simples, acabou sendo vencido pelo o enorme amor que nutria e crescia por sua terra, sua patria, sua terra-mãe, o Brasil .
Pedro acabou se tornando o maior governante da história do Brasil e o monarca mais culto do século XIX.
Quando morreu no exílio, aos 66 anos, em 1891, seu obituário no jornal The New York Times afirmou que ele “foi o mais ilustrado e o maior monarca do século”.
E realmente foi …
O Governo Militar Ditatorial brasileiro, revoltou-se pelo tamanho da comoção mundial envolta do falecimento de Pedro II. Rompendo acordos diplomáticos com a França, Inglaterra e Alemanha.
ResponderExcluirNenhum representante do novo governo brasileiro foi mandado para o enterro do expulso imperador. A mídia foi fechada pelos militares no Brasil, não puderam ao menos noticiar o falecimento do monarca.
A grande maioria do povo brasileiro só soube do acontecido semanas depois.
Detalhes inéditos da vida do Imperador Dom Pedro II estão em novo livro do historiador Paulo Rezzutti, biógrafo da família imperial. A conferir.
ResponderExcluir“Culto, viajado, discreto e apaixonado pelo país. Quem se debruça sobre as biografias de Dom Pedro II, o último imperador do Brasil, deposto pela revolução republicana de 1889, invariavelmente se esbarra nessas características. A história amplamente conhecida do primeiro príncipe nascido em terras brasileiras é marcada por uma coroação precoce, aos 14 anos de idade, muitas viagens pelo mundo e eventos históricos como a Guerra do Paraguai e a abolição da escravatura – tudo isso devidamente registrado em seus fartos escritos”.
Embora Dom Pedro II tenha encarado a notícia da Proclamação da República com serenidade, apesar da tristeza, a queda do império brasileiro foi bastante dura para o restante dos membros da família. Os Orleans e Bragança sofreram mais de 40 anos de exílio na Europa. Perderam os bens particulares que tinham no Brasil, alguns confiscados pelas novas “autoridades republicanas”( como é o caso do Palácio Guanabara, construído com recursos pessoais do Conde d’Eu, marido da Princesa Isabel).
E quando retornaram, anistiados pelo Presidente da República, Epitácio Pessoa (nascido na Paraíba) tiveram de recomeçar praticamente do zero. o herdeiro do Trono, Dom Pedro Henrique (pai do atual sucessor Dom Luiz de Orleans e Bragança) criou os 13 filhos vivendo dos rendimentos de uma fazendola (doada pelos monarquistas do Rio de Janeiro) com poucos alqueires, localizada no Norte do Paraná. Todos os 13 filhos são hoje pessoas exemplares, éticas, cultas, bons patriotas e com só0lida formação moral. Deus não abandona os seus...
Quando morreu no exílio, aos 66 anos, em 1891, seu obituário no jornal The New York Times afirmou que ele “foi o mais ilustrado e o maior monarca do século”.
ResponderExcluirE realmente foi …