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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 9 de agosto de 2022

FAZER POLÍTICA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


Futebol e política têm tudo a ver. E, para variar, coloca-se a politicalha a serviço dos interesses inconfessáveis do “ toma lá, dá cá”.
E quando se trata de arbitragem, o chafurdo é grande. Do alto ao baixo clero dos apitadores.
Sempre existiu no futebol o árbitro consagrado, o mediano e aquele que se dedica mais a tarefa de trabalhar como bandeirinha.
Em partidas amistosas, sem muita relevância, o bandeirinha ganha a grande oportunidade de ser o juiz central, no fito de adquirir experiência e sonhar com um destaque maior.
Foi nessa brecha que um amigo nosso (não está mais entre a gente) pôs à prova sua suposta competência e honestidade, em busca de tornar sua existência menos tediosa.
Escalado para apitar um amistoso entre seleções de Maranguape e Pentecoste (ou Itapajé, não me lembro bem), ele não esperava que a barra fosse tão pesada.
O time da casa tinha feito grandes investimentos e posava de favorito absoluto.
Só que o futebol “não respeita as caras” e a equipe visitante fechou o primeiro tempo vencendo por 1 X 0.
Pra quê? No intervalo, o nosso amigo juiz recebeu a visita de um colérico dirigente da seleção da casa que, em tom de ameaça, foi logo dizendo aos gritos: “Ei, “rapaizim” tu é doido é? Tu acha que eu vou gastar dinheiro num time, pra ser derrotado no nosso campo? Não se enxerga não”?
Tranquilo, ao ouvir o histriônico dirigente, o candidato a “grande apitador” acalmou os ânimos, com uma pergunta: “Meu amigo, o jogo, por acaso, terminou?”
Na segunda etapa, segundo ele, para sair vivo, marcou um pênalti inexistente para o time da casa (afora outras “ajudas”) e o empate evitou um mal maior.
Narrando esse seu feito na meteórica carreira de árbitro, nosso amigo me disse, exalando autoridade: “Não tenho nada de besta, eu fui político naquela decisão”.
Pergunta inocente: isso é que é fazer política?

Um comentário:

  1. Prezado Wilton - Inusitado foi o jogo de aniversario do Esporte Clube do Crato com o Magarefe. Logo no inicio houve um escanteio para o Magarefe. José Lopes bateu uma bicuda e correu pra área, quando a bola caiu ele mesmo cabeceia e converte o gol. Almério Carvalho, o arbitro anulou. Dois toques do mesmo jogador. Pense um cu de boi arretado. No outro dia faltou leitos no Hospital São Francisco para atender tanta gente com o bucho furado. Magarefe o nome já diz, não era brincadeira.

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