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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 25 de setembro de 2022

30 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.


É mais ou menos isso que Max Weber definia como patrimonialismo. Para alguns intérpretes, como Raymundo Faoro e Sérgio Buarque de Holanda, o patrimonialismo (herança da colonização portuguesa) deixou marcas fortes na formação social do Brasil. A confusão entre público e privado costuma ser vista como uma chave para explicar a corrupção do Estado. Mas esse é um assunto controverso e vamos nos ater ao que importa para este artigo.

É verdade que o Império do Brasil era uma monarquia constitucional, não absolutista, mas a racionalidade pública que se atribui àqueles tempos encontrou alguns limitadores na formação do Estado brasileiro. Certamente, a persistência da escravidão e a forma como ela foi tratada pelo governo imperial constituíram um entrave à pretendida modernização política.

De fato, o imperador do Brasil e sua família não possuíam escravos particulares, mas tinham o usufruto dos chamados “escravos da nação” – homens e mulheres de origem africana que pertenciam ao Estado brasileiro, eram empregados em estabelecimentos públicos e podiam prestar serviços pessoais aos membros da corte.

3 comentários:

  1. Os "escravos da nação" estavam enredados nas relações patrimonialistas vigentes. Em sua tese, Ilana Rocha mostra que era prática comum os funcionários de estabelecimentos públicos se servirem dos “escravos da nação” como seus criados domésticos, principalmente as mulheres e os menores.

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  2. Apesar das intenções liberais do imperador, os órgãos máximos do Estado brasileiro atuaram, durante boa parte do Segundo Reinado, em benefício das classes senhoriais, consistindo nisso a estabilidade institucional da escravidão, favorecida por alianças políticas e sociais que se costuraram sob o Império do Brasil. Mesmo com a proibição do tráfico negreiro, em 1831, essas alianças continuaram operando para garantir o contrabando de africanos escravizados, o que pode ser considerado como o primeiro grande crime do Estado brasileiro.

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  3. Já vivi para ver de tudo nessa republiqueta de meia pataca. Ontem, eu tive a desventura de assistir na televisão SBT um debate com os pretendentes a presidentes. O Pajé, denunciado, julgado condenado e preso por sentenças das três instâncias da justiça, e, negado o impedimento pela Suprema Corte não compareceu, já se acha presidente.

    Zero propostras, só se fala em corrupção. Todos falando do atual presidente, o pior é que não era em seu nome, faziam o trabalho de meninos de recados do Pajé que não compareceu e determinou a pauta que eles deveriam por em pratica.

    Simone Tebete que se apresenta como uma sumidade, representante das mulheres, levantou a vou contra o padre, chegou a dizer que "eu não me confessaria com o senhor". O que tem a ver os pecados e confissão dela com os problemas do povo do Brasil.

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