Nasci numa época em que não existiam médicos em nossa cidade, consequentemente não havia pré-natal e tudo ficava por conta de São Raimundo Nonato, das parteiras e da natureza.
Trago minha gratidão e reconhecimento às parteiras Maria Carlota, Antônia Fateira, Mariinha de João Crueira, Antônia Cabeleira e de modo especial a Raimunda Gibão que me recebeu, cortou-me o umbigo, me fez os primeiros asseios, me vestiu pela primeira vez e me entregou nos braços da minha mãe.
Minha mãe diz sempre que Antônia Cabeleira era a parteiras das ricas, era portanto a mais solicitada, só tinha tempo para senhoras da sede urbana do município.
O meu pai, pra me zoar, dizia que quando Raimunda Gibão voltava para casa e passava pela casa Raimundo Bitu, Cotinha perguntou: Tonha ficou boa? Ela respondeu ficou sim! Menino ou menina? Ela respondeu: menino, o mais feio que já vi em toda minha vida.
Em nome dos varzealegrenses, do meu tempo, a nossa gratidão, reconhecimento e agradecimento as nossas parteiras que anterior à década de 1960 cuidaram das parturientes de nossa terra com amor, carinho e dedicação.
Antonia Cabeleira era minha tataravó
ResponderExcluirSalve todas elas. Todos somos gratos e eternos devedores de seu importante trabalho.
ResponderExcluir