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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Lembrando nossas parteiras - Por Antônio Morais.


Nasci numa época em que não existiam médicos em nossa cidade, consequentemente não havia pré-natal e tudo ficava por conta de São Raimundo Nonato, das parteiras e da natureza.

Trago minha gratidão e reconhecimento às parteiras Maria Carlota, Antônia Fateira, Mariinha de João Crueira, Antônia Cabeleira e de modo especial a Raimunda Gibão que me recebeu, cortou-me o umbigo, me fez os primeiros asseios, me vestiu pela primeira vez e me entregou nos braços da minha mãe.

Minha mãe diz sempre que Antônia Cabeleira era a parteiras das ricas, era portanto a mais solicitada, só tinha tempo para senhoras da sede urbana do município.

O meu pai, pra me zoar, dizia que quando Raimunda Gibão voltava para casa e passava pela casa Raimundo Bitu, Cotinha perguntou: Tonha ficou boa? Ela respondeu ficou sim! Menino ou menina? Ela respondeu: menino, o mais feio que já vi em toda minha vida.

Em nome dos varzealegrenses, do meu tempo, a nossa gratidão, reconhecimento e agradecimento as nossas parteiras que anterior à década de 1960 cuidaram das parturientes de nossa terra com amor, carinho e dedicação.

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