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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Um "granjeiro" que vinha a ser o herdeito do Trono de Dom Pedro II

    Pouca gente sabe, mas os descendentes de Dom Pedro II e da Princesa Isabel, desde que voltaram do exílio, vivem no Brasil de forma modesta e exemplar

       Em 1971, o “Jornal do Brasil”, do Rio de Janeiro, noticiou que um fiscal que cadastrava as propriedades rurais de Vassouras, município do Centro-Sul daquele Estado, chegou a uma granja cujo dono era conhecido naquela região apenas como o “Granjeiro Pedro”. Após as apresentações, o fiscal começou a qualificar o homem. A primeira pergunta foi quanto a sua nacionalidade, ao que este respondeu:
Brasileira.
– Naturalidade? – quis saber o fiscal.
Francesa – respondeu o granjeiro.
– Então o senhor é naturalizado?
Não, senhor. Eu nasci mesmo na França.

    O fiscal de início pensou que estava sendo vítima de alguma brincadeira, mas o granjeiro explicou:
Os membros da Família Imperial Brasileira, em qualquer lugar que nasçam, são sempre brasileiros.

   Foi neste momento que o fiscal, prestando mais atenção, leu o nome completo do granjeiro: Pedro Henrique de Orleans e Bragança.

     Conforme explicou o “Jornal do Brasil”, aquele não era outro senão o bisneto do Imperador Dom Pedro II e neto da Princesa Dona Isabel e do Conde d’Eu, nascido em exílio, mas que seria então o Imperador do Brasil, não fosse a quartelada republicana de 15 de novembro de 1889.

      Sua Alteza vivia em Vassouras com a esposa, a Princesa Consorte do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, e os mais novos de seus doze filhos. O periódico informava ainda que o filho primogênito do Casal, o então Príncipe Imperial do Brasil, Dom Luiz de Orleans e Bragança (atual Chefe da Casa Imperial do Brasil), de 33 anos de idade, residia em São Paulo, onde trabalhava como engenheiro químico.

Foto: O Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança (1921-1981), Chefe da Casa Imperial do Brasil, acompanhado de sua esposa (à direita), tendo, ao centro sua irmã, a Princesa Dona Pia Maria de Orleans e Bragança, em sua propriedade, o Sítio Santa Maria, no município de Vassouras, no Norte do Estado do Rio de Janeiro.

Um comentário:

  1. Tudo que se lê sobre a monarquia é prazeroso. Apetece a alma e honra a ética e a moral.

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