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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 10 de janeiro de 2021

A FEBRE DA POSSE DE BOLA - Por Wilton Bezerra, comentarista, generalista.

O treinador do Grêmio, Renato Portaluppi, comparou, no “populês”, a posse de bola ao ato de “enfeitar’ a mulher e entregar de bandeja para o outro.

Para muitos, a sua fala não pegou bem por exalar um certo sentimento de propriedade com relação ao domínio da mulher.

Será que isso tem a ver, ou as patrulhas estão exagerando na reação ?

A febre da posse de bola contaminou todos os debates e comentários sobre o futebol no Brasil.

Ter a posse de bola e não transformá-la em vantagem no placar, tem provocado azia, má digestão e empachamento.

E pior quando o pum sai pela culatra.

O poeta Carpinejar já meteu a sua colher nesse assunto, bem antes dessa discurseira toda ao dizer, poeticamente: “A bola é, também, o tempo de não estar com a bola”.

E vai mais longe: “Os jogadores querem a bola, roubam a bola e caçam a bola”. A bola é curta no desespero. Um pássaro durante o chute. Um peixe dentro do gol”.

Fico arrepiado (sério, sou piegas) com isso.

Então, vê lá: se 22 marmanjos brigam pela captura da presa (a bola) como a sua posse empobrece quem tem o seu domínio ?

Ora, Guardiola, o revolucionário, sempre disse que o seu time sem a bola era muito ruim.

Renato Portaluppi, falastrão, não pode ser levado a sério: um dia desses, fazia apologia da posse de bola do Grêmio como fator básico para jogar bonito

Passar bem que o papo é curto.

Um comentário:

  1. Eu acredito muito no talento do jogador. Não há treinador vitorioso quando a equipe é fraca.

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