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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

O CORAÇÃO TEM CÉREBRO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Como os senhores sabem, me sustento falando sobre futebol em rádio, TV e site noticioso.

Se me pagam para isso, quero crer que uma quantidade razoável de pessoas chancela nosso palavreado.

Não fosse assim, eu estaria... ferrado.

Interessante é que, de vez em quando, um principiante me pede uma orientação sobre como dizer as coisas em cima de determinados assuntos.

Isso ocorre poucas vezes, porque a moçada de hoje já sai da barriga da mãe sabendo de tudo, achando mesmo que a terra foi inaugurada quando do seu nascimento.

Como tenho pouco a ensinar a quem conhece muito, desde as categorias de base da vida, sugiro se expressar mais com o coração do que com a cabeça.

O que o “relógio” for ordenando a pessoa vai despejando pela boca sem preocupações com textos adredemente preparados.

Percebo agora que, nesse aspecto, sempre tive razão e “antecipei a jogada”.

Há um bom tempo, cerca de um ano, tomei conhecimento de uma informação dando conta que o coração da gente tem cérebro.

Sim senhor, cérebro no coração semelhante à razão, é o que garantem estudos pela física quântica, etc, etc, blá, blá e blá.

Não posso descer a maiores detalhes, porque as complicadas explicações me provocam urticária, e daí prefiro simplificar.

Eu já desconfiava disso por experiência própria: sempre falei mais com o que ordenou o coração do que com o armazenado na massa cinzenta.

Quantas vezes, antes de decidir por uma fala ou uma escolha difícil, uma vozinha cavernosa murmurava: “escute o que o seu coração diz”.

Estão vendo?

Quanto mais me considero velho para as novidades, elas me chegam numa velocidade espantosa.

Eu, hein?

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