O antigo Palácio Episcopal de Crato – onde hoje está localizada a Cúria Diocesana – ganhará na próxima quinta-feira, 24 de março de 2022, um pequeno memorial para assinalar o mais provável local de nascimento do Padre Cícero Romão Batista. Como é de domínio público, naquele terreno – numa casinha simples situada entre árvores fruteiras – teria nascido, em 24 de março de 1844, o menino Cícero, filho do casal Joaquim Romão Batista e Joaquina Ferreira Castão (Dona Quinô).
Duas versões sempre circularam sobre o local do nascimento do Padre Cícero, na cidade de Crato. A primeira, defendida pelo escritor Irineu Pinheiro, é que ele teria vindo ao mundo numa casa localizada na antiga Rua Grande, hoje denominada Rua Miguel Limaverde. No entanto, conforme pesquisas feitas pelo historiador Padre Antônio Gomes de Araújo, publicadas na revista “Itaytera”, Ano V, Número 5 (1959) e, posteriormente, reproduzida no seu livro “A Cidade de Frei Carlos” (1971), consta:
“É corrente que, no chão onde hoje se ergue o Palácio Episcopal, nasceu o Padre Cícero Romão Batista. Esta informação me foi prestada pelo Cônego Climério Macedo, que afirmou: “Minha tia paterna, Missias Correia de Macedo, cortou o cordão umbilical do Padre Cícero, numa casa que foi substituída pelo atual Palácio Episcopal de Crato (...) no terreno onde se ergue aquele palácio, havia de fato uma casa, que foi cenário, por exemplo, da recepção do Padre Cícero quando este chegou do Seminário de Fortaleza, ordenado sacerdote, bem como das festas que envolveram a celebração de sua primeira missa. É certo que dita casa pertenceu ao major João Bispo Xavier Sobreira (...) com sua morte a dita casa passou à viúva, dona Jovita Maria da Conceição. Seus herdeiros venderam a casa a esta diocese”.
Esta versão é defendida hoje pela maioria dos historiadores cratenses.
O pequeno memorial
Por iniciativa do Pe. Joaquim Ivo Alves dos Santos – Pároco da Paróquia
de N. S. Aparecida de Crato e ecônomo da Diocese de Crato – foi
providenciada uma pintura, numa parede existente nos jardins da Cúria
Diocesana, muro esse que é um provável resquício da casinha onde teria
nascido o Padre Cícero. Ali está agora um desenho com a figura do Padre
Cícero, de seus pais e de uma irmã do sacerdote. Também foi colocada uma
placa para assinalar a efeméride, bem como instalada uma pequena
estátua do Padre Cícero. Iniciativa louvável e que agradou a muitos
caririenses.
Agora, na cidade de Crato, serão dois os
lugares a serem visitados pelos devotos do Padre Cícero, Anteriormente,
ao tempo que Dom Edmilson Ferreira Neves (hoje Bispo de Tianguá) foi
Cura da Catedral de Nossa Senhora da Penha, ele restaurou a pia batismal
da Sé cratense. Lá foi colocada uma fotocópia da Certidão de Batismo do
Padre Cícero, constante da folha 61 do Livro de Batizados de 1843 a
1845 – onde se lê:
“Cícero, filho legítimo de Joaquim Romão
Batista Meraíba, e de sua mulher Joaquina Ferreira Castão. Nasceu em 23
de março de 1844 e foi batizado pelo pároco solenemente com santos óleos
nesta cidade do Crato em 8 de abril do mesmo ano. Foram seus padrinhos
seu avô paterno Romão José Batista e Antônia Maria de Jesus, do que para
constar mandei fazer este assento em que me assino. Manuel Joaquim
Aires do Nascimento”.
Crato começa a conservar a lembrança do seu filho ilustre, Padre Cícero Romão Batista...
Já não era sem tempo. Parabéns aos idealizadores.
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