A gente vai a escrever e abordar vários ângulos de um mesmo assunto.
Isso, enquanto o "papa-fígo" não ameaça dar as caras.
Sempre fumei, bebi e comi muito, consciente dessas inadequações e das consequências que isso teria.
Sabedor, portanto, da obrigação de "pagar imposto" por essa volúpia.
Se o desregramento foi "fazer tudo para morrer", não sei como ainda estou vivo para contar histórias e escrever crônicas.
Sabem de uma coisa? Sem esses "pecados", tenho certeza de que minha existência teria sido titica de galinha.
A vida é uma festa e não tenho notícia de nenhuma festa que se preze sem um pouco de loucura.
Fi-lo porque qui-lo.
Até os dias de hoje, não me socorri de nenhuma receita existencialista.
Mesmo porque, nunca soube bem o que isso queria dizer.
Hoje, a idiotice tomou conta dos que se deixam levar pelos influenciadores.
Até para fazer uma pose, se consulta manuais produzidos por essa gente.
A vida não tem um roteiro concreto, é uma permanente adaptação entre o bom e o ruim.
Sou minimalista e me vejo assim, quando me expresso.
Busco ir direto ao ponto, sem maiores floreios e rebuscamentos, para me fazer entender.
Segundo Graciliano Ramos, a palavra serve para explicar e não para enfeitar.
A ideia de ser um cronista generalista, sempre, me acompanhou.
Agora, que esta croniqueta exalou cabotismo, não tenho dúvidas.
Dose pra mamute.
Essa sua crônica é daquelas que a gente ler com vontade. "Fumei, bebi e comi" me fez lembrar Maria Caetana uma varzealegrense que trabalhava nas casas de família. Certa feita chegando na Bodega de José Bitu pediu 2 cigarros BB. Pagou direitinho e disse : Seu José Bitu eu só tenho três defeitos : Fumo, bebo e jogo ! José Bitu respondeu no embalo - Três defeitos grandes para uma moça.
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