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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 15 de julho de 2022

Em 1871, a Imperatriz Teresa Cristina doou todas as suas joias pessoais para a causa abolicionista - Postagem do Antonio Morais.

 

Deixando a elite furiosa com tal ousadia. No mesmo ano "A Lei do Ventre Livre entrou em vigor", assinada por sua filha a Princesa Imperial Dona Isabel.

O bairro mais caro do Rio de Janeiro, o Leblon, era um quilombo que cultivava camélias, flor símbolo da abolição, sendo sustentado pela Princesa Isabel.

José do Patrocínio organizou uma guarda especialmente para a proteção da Princesa Isabel, chamada “A Guarda Negra”. Devido a abolição e até mesmo antes na Lei do Ventre Livre , a princesa recebia diariamente ameaças contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas pelos grandes cafeicultores escravocratas.

A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos imóveis da família.

D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos. 

O Parlamento sempre negava o projeto de lei, pois muitos tinham influências diretas ou indiretas com os grandes cafeicultores escravocratas. 

Se tratando de uma "MONARQUIA CONSTITUCIONAL PARLAMENTARISTA", o imperador não tinha o poder para decretar leis sem aprovação da maioria do parlamento.

Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época.

Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.

Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista.

Pedro II criou uma cota para negros alforriados ingressarem no Colégio Pedro II e nas Faculdades. 

Essa cota não foi aprovada pelo parlamento, porém Pedro II tirou de seus próprios proventos a garantia da cota. 

No período de 1872 e 1889 centenas de ex-cativos se tornaram médicos, advogados, engenheiros. Graças a chamada “bolsa do imperador”.

3 comentários:

  1. “Estudos do IHGB e FGV entre 1992 e 2010, concluíram que se o reinado de Pedro II ou a continuação de seus planos por sua filha Princesa Isabel tivessem mais 15 anos de duração, 67% das favelas e por consequência 43% da violência e tráfico de drogas não existiriam na cidade do Rio de Janeiro e provavelmente em outras grandes metrópoles como São Paulo que emergiam na época.”

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  2. Deodoro da Fonseca deve está "estribuchando" na sepultura pelo mal que causou ao Brasil com a proclamação de sua republiqueta de meia tigela, república de pilantras.

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  3. Beleza de resgate, Morais. Parabéns pela excelente postagem.

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