No próximo dia 7 de setembro, o Brasil vai completar duzentos anos de independência política. As comemorações serão fraquíssimas. Mas é tempo para uma reflexão do que tem sido as atividades políticas na nossa pátria.
Nascida através de um golpe, à revelia da vontade da população
brasileira, a república, ao longo de 132 anos de existência, tem
simbolizado os interesses (nem sempre legítimos) de grupos e partidos,
em detrimento do bem geral. Acompanhe alguns fatos do período
republicano no Brasil.
A República em números
Em pouco mais de 130 anos, a república acumula:
• 2 estados de sítio,
• 17 atos institucionais,
• 6 dissoluções do Congresso,
• 19 rebeliões,
• 2 renúncias presidenciais,
• 3 presidentes impedidos de tomar posse,
• 5 presidentes depostos,
• 7 Constituições diferentes,
• 2 longos períodos ditatoriais,
• 9 governos autoritários.
•
Depois de proclamada a república, nossa pátria já teve – no espaço de
105 anos – 9 (nove) moedas e até a implantação do Plano real viveu
debaixo da mais desordenada inflação.
A República não é democrática
República não é sinônimo de democracia. Ao contrário, no caso
brasileiro, o país já assistiu a ascensão de governos ditatoriais, com
presidentes que subiram ao poder sem o voto popular. Além de ter nascido
com um golpe, os 5 primeiros anos da república foram marcados por uma
feroz ditadura, que cerceou liberdades e levou o país a uma crise sem
precedentes. Os anos posteriores foram marcados por governos eleitos com
baixíssima representação popular, ficando conhecido como política "Café
com Leite", onde uma oligarquia raivosa, que odiava a Princesa Dona
Isabel, por ter assinado a Lei Áurea, se revezava no poder. Eram os
ricos fazendeiros, os antigos escravocratas, de São Paulo e Minas
Gerais, que ditavam as regras.
Passando pelas ditaduras de Getúlio Vargas ou dos Militares, a
democracia na república pouco evoluiu. Os casos de crise e corrupção,
largamente difundidos, até 2018, são um reflexo da desvantagens deste
sistema. O presidente quando se elege, sempre deve favores a todos que
contribuíram para seu sucesso pessoal, tem vínculos partidários e é
ligado a empresas e organizações privadas. A troca de favores é
facilitada e este cargo é encarado como uma ascensão política dentro do
partido.
Segundo publicação da revista Superinteressante, dos mais de 30 presidentes que o Brasil já teve, "só 5 presidentes eleitos completaram o mandato em 90 anos". Completando ainda que, "em 129 anos de República, o Brasil teve até hoje 36 governantes – apenas um terço deles (12) foi eleito diretamente e terminou o mandato. De 1926 pra cá, a proporção é ainda mais absurda: dentre 25 presidentes, apenas 5 foram eleitos pelo voto popular e permaneceram no posto até o fim: Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek, Lula, FHC e Dilma (apenas no seu primeiro mandato, pois a “presidenta” – como exigia ser chamada – sofreu impeachment no segundo mandato).
(*) Fonte: excertos de um artigo publicado no site: https://imperiobrasileiro- rs.blogspot.com/2020/03/republica-caos-e-corrupcao.html)
Só existe uma solução para o Brasil : Monarquia já.
ResponderExcluirPrezado amigo Armando. Nunca vi titulo tão coerente com a republica : "Caos e frustração".
ResponderExcluirTemos uma situação inusitada nesta república de meia pataca : "Um candidato que a justiça tirou da cadeia para o eleger e outro que quer se eleger para não ser preso". E o pior, tudo a margem da lei sem observar a constituição.