Nas mudanças de direção técnica das equipes, é comum a crônica especializada especular sobre qual sistema de jogo o novo treinador traz.
Como se o "professor" fosse possuidor de uma nova fórmula tática "milagrosa", para obter resultados positivos, em curto prazo.
Por outro lado, todo técnico chega ao novo clube com um discurso que os dirigentes gostam de ouvir.
Futebol ofensivo, posse de bola, pressão no campo contrário, ideia moderna de jogo etc,etc,bla,blá, blá.
O texto já está pronto para essas ocasiões.
Falácia pura. Por essa razão, assistimos passagens cada vez mais meteóricas de treinadores à frente dos times.
Com relação aos esquemas "milagrosos", supostamente prontos e acabados, devemos acrescentar o seguinte: nenhum sistema de jogo deve ser uma prisão.
Por mais rígidos que sejam, vão sofrer alterações devido a uma interminável série de razões.
Escuto que linhas (ou blocos) adiantadas são garantias de dominio e iniciativas do jogo.
Pressionar, atacar a bola, recompor com rapidez e marcar o condutor da jogada adversária são ações complementares, obrigatórias. E por aí vai. Além de outros fatores importantes.
Como sempre digo: esquema de jogo não se encontra à venda em supermercado, como um produto embalado e posto na gôndola.
Assim como o futebol não precisa ser enfiado em verdadeiros manicômios táticos da cabeça dos teóricos.
Menos, menos.
Quando não existe um quadro de bons jogadores não há técnico que dê jeito.
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