Nascido em 6 de janeiro de 1881, em Crato, Irineu Nogueira Pinheiro é considerado um dos mais respeitados e produtivos intelectuais do Cariri. Estudou em Crato (Seminário São José), Fortaleza, Recife e no Rio de Janeiro, cidade onde concluiu o curso de medicina, na turma de 1910.
Estudioso da História, foi “o maior pesquisador dos “fastos” regionais”, na feliz expressão do Dr. Raimundo de Oliveira Borges. Deixou vários livros publicados, dentre eles: “Um Caso de Dexiocardia”, “O Juazeiro do Padre Cícero e a Revolução de 1914”, “José Pereira Filgueiras”, “Joaquim Pinto Madeira”, “Cidade do Crato”, “Morte do Capitão J. da Penha”, “O Cariri” e “Efemérides do Cariri”. Foi um dos fundadores e primeiro presidente do Instituto Cultural do Cariri.
Foi Inspetor Federal do Colégio Diocesano; professor do Seminário São José; Sócio-Correspondente da Academia Cearense de Letras e do Instituto do Ceará. Colaborou com os jornais de Fortaleza e com os periódicos de Crato (“A Região”, “Correio do Cariry” e “A Ação”, dentre outros). Teve intensa participação nos movimentos que trouxeram progresso para sua cidade natal, sendo fundador e primeiro presidente do Rotary Clube de Crato e Presidente do Banco do Cariry, a primeira instituição de crédito do interior cearense, fundada por Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva.
Faleceu, em 21 de maio de 1954, na cidade de Crato, vítima de colapso cardíaco, enquanto – com a caneta à mão – escrevia a um amigo de Fortaleza sobre o último livro que produziu: “Efemérides do Cariri”.
(*) Armando Lopes Rafael, historiador.
Parabéns Armando Lopes Rafael pelo resgate. O Crato sempre foi muito rico de cultura e intelectualidade.
ResponderExcluirDr. Irineu Pinheiro uma unanimidade no segmento.