"Parar de jogar é uma segunda morte". Foi o que quis dizer Falcão, ex-craque do Internacional, da Roma e da seleção brasileira.
Todo profissional da bola, principalmente o ídolo, deveria deixar o futebol na hora certa, em plena forma.
Digo isso, ao observar Cristiano Ronaldo em sua despedida da seleção portuguesa, na Copa do Qatar. Não precisava ter passado por momentos tão tristes.
Por entender que o astro não pode parar de brilhar, o público torcedor, em uma atitude utilitarista, nem sempre dispensa ao ídolo em decadência um tratamento à altura de sua história.
Não importa, em vários casos, que ele tenha sido, até por longo tempo, um orgulho do seu time e do seu País.
Para os que imaginam serem as coisas para sempre, não importam as grandes alegrias que nos deram.
Aos ídolos se dá tudo. Até o nome dos filhos.
Mas, na sociedade líquida em que vivemos, são seres descartáveis. As infindáveis cobranças impiedosas.
No Brasil, não celebramos de forma merecida as nossas grandes admirações.
De novo: "Cultura é, também, ter bons modos".
A história se repete sempre. Os exemplos é que não são observados.
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