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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 17 de dezembro de 2022

PARAR DE JOGAR NO AUGE - Por Wlton Bezerra, comentarista generalista.

"Parar de jogar é uma segunda morte". Foi o que quis dizer  Falcão, ex-craque do Internacional, da Roma e da seleção brasileira.

Todo profissional da bola, principalmente o ídolo, deveria deixar o futebol na hora certa, em plena forma.

Digo isso, ao observar Cristiano Ronaldo em sua despedida da seleção portuguesa, na Copa do Qatar. Não precisava ter passado por momentos tão tristes.

Por entender que o astro não pode parar de brilhar, o público torcedor, em uma atitude utilitarista, nem sempre dispensa ao ídolo em decadência um tratamento à altura de sua história.

Não importa, em vários casos, que ele tenha sido, até por longo tempo, um orgulho do seu time e do seu País.

Para os que imaginam serem as coisas para sempre, não importam as grandes alegrias que nos deram.

Aos ídolos se dá tudo. Até o nome dos filhos.

Mas, na sociedade líquida em que vivemos, são seres descartáveis. As infindáveis cobranças impiedosas.

No Brasil,  não celebramos de forma merecida as nossas grandes admirações.

De novo: "Cultura é, também, ter bons modos".

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