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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 23 de junho de 2024

Escalada de Lula contra autonomia de Banco Central e Petrobras é ‘tiro no pé’ - Por Eliane Cantanhêde.

O presidente Lula patrocinou uma cena de ocupação da Petrobras, ao ir à posse de Magda Chambriard com a primeira-dama, sete ministros e presidentes de bancos estatais, exatamente quando aprofunda a investida sobre o Banco Central, seu atual presidente e sua autonomia, conquistada por consenso e comemorada depois de muitos anos de debates e cobranças.

O que significa? 

Que Lula se acha “dono” de estatais e bancos públicos e decidiu lhes impor suas crenças políticas? 

É uma sinalização ruim para o mercado, onde a palavra chave é sempre liberalização, mas também para setores políticos e da sociedade, onde crescem dúvidas sobre os rumos do governo e temores sobre a volta de Lula ao passado.

Na posse, entre sorrisos e simpatia mútua, Lula fez loas à estatização e reduziu a Lava Jato, a maior operação de combate à corrupção da história, a uma ação que visava puramente “desmonte da Petrobras”, enquanto a nova presidente da companhia – a oitava em oito anos – disse em seu discurso que Lula “não quer confusão”, está “totalmente alinhada” com ele e vai manter firme a exploração de combustíveis fósseis, justificando: “o petróleo vai financiar a transição energética”. É polêmico...

Ainda bem que a ministra Marina Silva não estava lá. Não só pelo tom dos discursos, mas porque o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, cada vez mais dentro do Planalto e próximo de Lula e agente decisivo da queda do petista Jean Paulo Prates, deixou claro: a exploração de petróleo na margem equatorial do Amazonas é “a visão majoritária no governo”. Ou seja: de Lula. E às vésperas da COP em Belém.

Enquanto Lula reafirmava no Rio, ao vivo e a cores, suas intenções intervencionistas na Petrobras, o Copom decidia em Brasília, por unanimidade, o fim, ou suspensão do ciclo de quedas dos juros. A decisão de manter a taxa em 10,5% já era esperada e foi de certa forma antecipada pelo Boletim Focus do BC nesta semana. 

A dúvida passou a ser se a votação repetiria os 5 a 4 do último Copom, ou seria por unanimidade. 

Deu 9 a zero.

Um comentário:

  1. Lula é sagaz, esperto e corruptor. Com a faixa presidencial, a caneta e o diário oficial na mão corrompe todo mundo.

    Judiciário, imprensa vendida, e, com suas promessas corompeu o presidente do congresso.

    Ao senador Pacheco, prometendo a vaga no STF. O tolo se tornou um fiel sibserviente, até quando foi indicado outro.

    Agora já está devolvendo medidas provisórias sem colocar para avaliação do plenário.

    Esperar alguma coisa séria, honesta e decente do Lula é ilusão.

    Um analfabeto que glamouriza a ignorância não poderia ser a solução pra nada.

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