A exposição do Crato, tem se tornado o ponto de encontro dos velhos e bons amigos. Eu sou uma pessoa extremamente observadora. Não cago goma nem conto vantagem sobre o que aos outros pertence.
No meu encontro com o meu amigo e parente Heitor Brito, eu não vi na minha frente os títulos, o valor material, nem mesmo um dos maiores empregadores do nordeste, região carente onde os cadastrados no programa Bolsa Família superam os de carteira assinada. Vi valores que o dinheiro não compra. "Humildade, honradez e caráter de mãos dadas.
Ele falou de sua juventude vivida no Crato, época onde os únicos problemas eram chegar atrasado no colégio e o portão está fechado ou tirar uma nota baixa na prova mensal.
Sem perceber que estava revelando uma peraltice, revelou. Residiam ele e alguns amigos na rua Senador Pompeu, entre a praça da Sé e Siqueira Campos.
Quando Miguel Siebra de Brito saia do "Bar Glória" para almoçar deixava o filho "Siebra Jr" tomando conta.
Nessa época vendiam cigarros no varejo, um, dois, três a gosto do freguês. Embora fumar fosse atitude reprovável para menores de idade.
Siebra Jr distribuía um cigarro, não mais do que isso, para cada um dos amigos. Um deles ficava de plantão olhando na direção da esquina da Praça Siqueira Campos com Senador Pompeu para ver quando o velho Miguel retornava para o bar. "Nesse momento todos levantavam voo".
Conheço a história do amigo Heitor, sei o quanto vitoriosa é. Porém, Deus foi muito generoso com ele, a sua riqueza maior, em nosso encontro, foi por ele revelada: "No Recife casei-me, tive quatro filhas, tornei-me avô de onze netos".
Família a maior criação que o Criador deixou para humanidade.
Todos nós temos algum defeito. O meu é ser "impingento". Sempre que tenho conhecimento de uma "traquinagem" de um amigo nos tempos de juventude me dar um "farninim" e tenho que contar. Espero que o amigo Heitor Brito prepare uma boa resposta para quando os netos perguntarem : O senhor fumava quando era criança?
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