Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 18 de agosto de 2024

Por falta de um grito se perde uma boiada (Parte I) – por Humberto Mendonça

 

Você pode enganar uma pessoa por todo o tempo;
Pode enganar muitas por algum tempo; mas não
consegue enganar todas por todo o tempo
.
Abraham Lincoln

   Eu, modéstia à parte, já fui dono de boiada. Aprendi, acompanhando de perto a condução do boiadeiro, quando este deslocava o gado, que os animais seguiam à risca a sua orientação. Um aboio do condutor e a boiada virava para um dos lados da estrada;  outro grito, e a boiada seguia em frente na estrada… A falta do boiadeiro (leia-se: a ausência de uma liderança) em algum momento, e ocorria, facilmente, um “estouro da boiada” …

   Este sentido figurado se encaixa perfeitamente para o atual momento vivido pela pátria brasileira. Triste constatar: a crise da nossa nação só tende a piorar…

   Este artigo, diante da gravidade do momento político, tem o objetivo de alertar os meus leitores e toda a nação brasileira. Já afirmei em escritos anteriores: Lula não prioriza a condução da Presidência da República. Ele age, primeiramente, para satisfazer sua vaidade pessoal. Depois, em segundo plano, aplica o “ideário do PT”, este com finalidade principal de implantar o socialismo na pátria brasileira, e,  de quebra, Lula se esmera em agradar sua esposa, a Sra. Janja. 

   Lula levou Janja para todas as dezenas de viagens internacionais que fez neste um ano e meio de mandato. E como viaja o casal! Hospedando-se nas mais caras suítes dos mais caros hotéis do mundo. Janja já passou à medíocre história republicana como a “Primeira Dama” mais deslumbrada com o poder; e a que mais aparece nos eventos organizados pelo cerimonial da Presidência da República. A Janja não é a Primeira Dama do Brasil, e sim somente do Lula, que também não é presidente do Brasil, mas dele mesmo, sua gestão é muito pessoal. Lula e Janja são unha e carne. 

    É público e notório que falta a Lula – além da cultura exigida para um Chefe de Governo e Chefe de Estado – maior zelo pela liturgia do elevado cargo que exerce. Basta ver as declarações vexatórias que ele profere sempre quando fala “de improviso” …

    A maioria da opinião pública brasileira vê com restrições o aparelhamento feito, por Lula, nos órgãos da máquina administrativa federal. Para ele, parece que só existe o poder executivo. E, vale reconhecer, ele tem mais poder do que o grande Imperador Dom Pedro II.

     Os outros dois poderes são meros auxiliares do Executivo. Basta dizer que, dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, 9 foram indicados por governos esquerdistas, anteriores à gestão de Bolsonaro. Inclusive o ministro Flávio Dino, indicado, recentemente, por Lula, quando tomou posse, ouviu dentre os  elogios feito por Lula: “estou feliz por ter nomeado um ministro comunista”.(SIC).

    O que ficou, no entanto, no imaginário coletivo da população foram as denúncias feitas pelo deputado Roberto Jefferson (nas duas administrações anteriores de Lula (2003-2010), que resultaram nos chamados escândalos do “Mensalão” e do “Petrolão”. São tristes recordações…

Humberto Mendonça, empresário, ex-vice-prefeito de Crato e ex-presidente da Associação Comercial de Crato -- (Artigo publicado no jornal “O Estado”, de Fortaleza, em 16 de agosto de 2024)


2 comentários:

  1. Lula entrou pobre na presidência da república de um país rico, e, saiu rico de um país pobre.
    Pobre de decência, honra, honestidade e caráter. Fez da república uma "Iniquidade".

    ResponderExcluir
  2. No último século o melhor presidente do Brasil foi Juscelino Kubitschek. Não fazia pronunciamentos de improviso. Lia. E quem escrevia não era ele. Era o chefe de gabinete José Maria Alckimin, ex-governador de Minas Gerais.
    Assim evitava-se as idiotices, bobagens e besteiras que atualmente somos obrigados a observar.

    ResponderExcluir