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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 17 de setembro de 2024

FUTEBOL E POLITICA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

É comum a comparação entre política e futebol.

Há casos no ludopédio em que um time perde para ele mesmo.

O adversário maior não é o contendor e sim as estratégias erradas para o jogo.

Ainda tem a história do “salto alto”, a sensação antecipada de poder maior sobre o adversário.

Na política, é a mesma coisa, com o papo do “já ganhou”.

Entre as dificuldades para se governar no Brasil, aponta-se como o maior entrave a política de coalisão.

Dessa forma, a única saída é o fisiologismo o que, convenhamos, emporcalha as relações, com “o toma lá dá cá”.

A maldade humana diz que São Francisco existe e mora em Brasília. É dando que se recebe.

O governante é obrigado a adotar esse jogo sujo?

No futebol, seria o mesmo de garantir boa campanha a um time, subornando os adversários.

Há outra situação ilustrada por Nelson Rodrigues: “Os vencedores de hoje serão os derrotados de amanhã.”

Os vencedores atarracham uma tremenda máscara e os derrotados transformam a humilhação do fracasso numa lição.

Como disse o Dr. Ernando Uchoa Sobrinho: “Aceite a derrota como lição e nada lhe pesará”.

Outro aspecto é a sistematização tática.

Um time se habitua a um esquema viciado e previsível de jogo e não se renova.

Na política, da mesma forma, os detentores temporários do poder imaginam que, apesar da manutenção dos vícios, vão permanecer no comando para sempre.

Futebol e política, duas atividades humanas que metaforizam a vida.

Um comentário:

  1. A harmonia entre os poderes no Brasil nunca foi tão harmoniosa, podre e vil. Um executivo de reputação duvidosa. O legistativo inoperante e omisso presidido por um subserviente, vendido e cúmplice do executivo. Um judiciário cujos membros se acusam no plenário da corte de terem por trás de sua decisão interesses que não são os da justiça.

    Brasil, alcançou a iniquidade.

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