O engenheiro Aureliano Chaves, fez quase toda a sua carreira política durante o regime militar (1964-1985). Nesse período, foi deputado federal, governador de Minas Gerais e, no auge, vice-presidente da República no governo de João Baptista Figueiredo.
Com o fim dos governos militares, foi ministro no governo José Sarney (1985-1990), fundou o PFL e foi candidato derrotado nas eleições presidenciais de 1989, fato que resultou na sua retirada da vida pública.
Mineiro de Três Pontas, Antônio Aureliano Chaves de Mendonça nasceu em 13 de janeiro de 1929. Filho de um dentista e de uma dona-de-casa, teve seis irmãos e foi casado com Minervina Sanches de Mendonça, com quem teve três filhos.
Em 1953, formou-se em engenharia elétrica e mecânica no Instituto Eletrotécnico de Itajubá (MG). Na época, participou do movimento estudantil local, ligado à UDN.
Foi professor e engenheiro da prefeitura da cidade até mudar-se para Belo Horizonte, para dar aulas na Universidade Católica de Minas Gerais.
Em 1958, disputou sua primeira eleição. Tentou uma vaga na Assembléia Legislativa de Minas Gerais pela UDN e conseguiu a quarta suplência.
Depois de curtos períodos de exercício do mandato, Aureliano foi indicado para uma direção técnica da Eletrobrás pelo governador mineiro Magalhães Pinto. Em 1962, foi eleito deputado estadual pela UDN.
Ainda no governo Magalhães Pinto, foi secretário de Educação e de Viação e Obras Públicas.
Após a extinção dos partidos políticos com o Ato Institucional nº 2, em 1965, e com instauração do bipartidarismo, Aureliano filiou-se à Arena, partido de sustentação do governo militar.
Pela Arena, foi eleito deputado federal em 1966.
Dois anos depois, Aureliano votou contra o pedido de autorização feito pelo governo militar para processar o deputado Márcio Moreira Alves, que havia criticado o governo federal em um discurso no Congresso.
O episódio levou à edição do AI-5.
Foi reeleito deputado em 1970. Na Câmara, presidiu a Comissão de Minas e Energia, época em que conheceu o então presidente da Petrobras, general Ernesto Geisel.
A amizade rendeu dividendos políticos a Aureliano Chaves. Empossado presidente da República em 15 de março de 1974, Geisel indicou seu nome para o governo de Minas Gerais. Eleito indiretamente, Aureliano tomou posse no governo do Estado em 1975.
Como governador, Aureliano sempre apoiou Geisel. Assim, foi indicado para vice-presidente do general João Figueiredo na sucessão presidencial.
Figueiredo e Aureliano tiveram, então, seus nomes homologados pelo Colégio Eleitoral em 15 de outubro de 1978. Já vice-presidente da República, Aureliano filiou-se ao PDS após o fim do bipartidarismo, em 1979.
Em 1981, o presidente Figueiredo sofreu um infarto, o que levou Aureliano a assumir a Presidência por 49 dias.
Durante as movimentações da sucessão presidencial, Aureliano criou, ao lado de José Sarney, Marco Maciel e outros dissidentes do PDS, a Frente Liberal, grupo que reunia políticos contrários à indicação de Paulo Maluf à sucessão de Figueiredo. A Frente Liberal se tornaria o PFL (Partido da Frente Liberal), lançado em dezembro de 1984.
A Frente Liberal uniu-se ao PMDB e formou a Aliança Democrática, que lançou o nome do governador de Minas Gerais, Tancredo Neves, para a Presidência da República, tendo José Sarney como vice, indicado pela Frente Liberal.
No governo Sarney, Aureliano ocupou o cargo de ministro das Minas e Energia (1985-1988).
Em 1989, com a volta das eleições diretas, lançou-se candidato à Presidência pelo PFL. Teve 0,9% dos votos, ficou em nono lugar e nem mesmo venceu em sua terra natal. Após a derrota, encerrou sua carreira política.
O mais grave não é a censura em si, mas a maneira como é feita. O primeiro cuidado do homem deve ser evitar as censuras do seu próprio.
ResponderExcluirQuem não ouve com paciência não decide com precisão. As palavras só nos pertencem até serem proferidas. A confiança é um tecido que não aceita remendos.
Aureliano Chaves.
ResponderExcluirMinas Gerais que produziu JK, Tancredo Neves, Bonifacio de Andrada e Aureliano Chaves também foi capaz de Produzir o senador Rodrigo Pacheco.
Sinais dos tempos.