Quando a minha avó Dedé Pinheiro estava com gravidez avançada de minha tia Dionê, em 20 de Outubro de 1925, Lampião estava em Pernambuco, região de Serrita, Moreilandia, Granito e Exu onde o meu avô Cícero tinha fazendas nas proximidades. Nesta região, também tinha fazendas e residia o conhecido Coronel Romão Sampaio amigo do meu avô.
Lampião achou de mandar um recado para o meu avô: queria porque queria armas, um vaqueiro e um conto de réis. Meu avô apavorado com o receio de alguma invasão, foi até a casa do Coronel Romão Sampaio que, às vezes, costumava receber Lampião e o seu bando. Daí o Coronel Romão, por certo para não desmoralizar o cangaceiro-mor, chamou-o a um quarto da casa, passou uma reprimenda, por Lampião ter importunado o seu amigo Cícero. Que não se aproximasse de sua fazenda, pois sua esposa estava grávida, a única arma que dispunha era uma espingarda de caça de um filho que estudava no Rio de Janeiro e que um conto de réis ele só possuía no Crato. Por fim, apenas o vaqueiro foi prestar algum trabalho ao lampião. Resultou que nesta data, 20 de Outubro nasceu tia Dionê em cima de umas malas na estrada entre Pernambuco e Crato no Ceará. Com o susto de minha avó não houve tempo de chegarem ao Crato. Efetivamente tia Dionê era Pernambucana, mas não sei informar como ficou no registro de nascimento oficial.
Maria Gloria Pinheiro Cordonez.
Lampião achou de mandar um recado para o meu avô: queria porque queria armas, um vaqueiro e um conto de réis. Meu avô apavorado com o receio de alguma invasão, foi até a casa do Coronel Romão Sampaio que, às vezes, costumava receber Lampião e o seu bando. Daí o Coronel Romão, por certo para não desmoralizar o cangaceiro-mor, chamou-o a um quarto da casa, passou uma reprimenda, por Lampião ter importunado o seu amigo Cícero. Que não se aproximasse de sua fazenda, pois sua esposa estava grávida, a única arma que dispunha era uma espingarda de caça de um filho que estudava no Rio de Janeiro e que um conto de réis ele só possuía no Crato. Por fim, apenas o vaqueiro foi prestar algum trabalho ao lampião. Resultou que nesta data, 20 de Outubro nasceu tia Dionê em cima de umas malas na estrada entre Pernambuco e Crato no Ceará. Com o susto de minha avó não houve tempo de chegarem ao Crato. Efetivamente tia Dionê era Pernambucana, mas não sei informar como ficou no registro de nascimento oficial.
Maria Gloria Pinheiro Cordonez.
Na verdade o Lampião assutou muita gente. Na passagem por Varzea-Alegre, um parente meu tinha um filho de seis anos muito dengoso. Brincava o garoto, de jogar pião com outros meninos da mesma idade. Um cangaceiro chamou o menino de feio. O menino foi para casa reclamar com o pai que resolveu ir tomar as dores. Ao encontrar com o sujeito perguntou: Quem é voce? Resposta em cima da bucha: sou cabra de Lampião! Pois fique sabendo que o menino é feio, o pai do menino tambem, a mãe, essa é que é feia e na familia não tem ninguem bonito.
ResponderExcluirGlória,
ResponderExcluirUm episódio interessante da história privada da sua família, mas que merece ser divulgado.
Que você escreva outros, quando tiver inspiração, pois seu estilo é objetivo, claro e agradável.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMorais,
ResponderExcluirQuer dizer que o amigo me promoveu de simples leitora a uma contadora de "causos"?
Acredito que este encontro com Lampião se deu no dia anterior que retornaram ao Crato.
Armando,
Obrigada.
Mas todo o mérito é de Morais.
Tenham um bom domingo.
Glória
ResponderExcluirAgora você será a nova contadora de "causos". Começou bem e sei que tem muitas estórias para contar.Armando Rafael tem razão. Você escreve com muita clareza. Vá em frente.
Abraços
Magali
Eu sou bisneto do coronel,e já ouvi muito histórias parecidas, minha vó (filha dele) me contava na minha infância.
ResponderExcluirBill Caninha.
ResponderExcluirAgradeço sua visita, deixo o meu e-mail para troca de informações. As historias do seu bisavô são contadas e ninguem as conhece melhor do que sua avó, que as vivenciou. Mande-me algumas pelo e-mail ( moraisenair@hotmail.com ) Um abraço.
A. Morais